domingo, 5 de fevereiro de 2017

Orientações litúrgicas para Proclamadores da Palavra

Orientações litúrgicas para Proclamadores da Palavra

 Aprenda algumas orientações litúrgicas para Proclamadores da Palavra

Falar sobre os Proclamadores da Palavra é falar sobre a Liturgia da Palavra. Para conversarmos sobre o Ministério dos Proclamadores da Palavra, usaremos, neste artigo, dois documentos: 1) Instrução Geral do Missal Romano (IGMR); 2) Introdução ao Lecionário (IL).

A Instrução Geral do Missal Romano, retomando a Sacrosanctum Concilium diz: “Quando, na Igreja, lê-se a Sagrada Escritura, é o próprio Deus quem fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o Evangelho” (IGMR, 29).

A primeira disposição do Proclamador da Palavra deve ser a de silêncio para ouvir e acolher essa Palavra. É Deus quem se dirige ao proclamador e a toda assembleia. Por isso, mesmo ao fim da leitura, diz-se: “Palavra do Senhor”. E a assembleia responde: “Graças a Deus!”. No Evangelho, quando ouvimos Palavra da Salvação, respondemos: “Glória a vós Senhor”; glorificando o Cristo que falou.

Só passamos à mesa da Eucaristia se nos detivemos a ouvir a Palavra de Deus. Na Liturgia da Palavra, o leitor empresta sua voz para que Deus fale. Para isso, a leitura deve ser proclamada com calma e prontidão de alma. Olhe bem: a leitura será proclamada e não lida. Lemos muitas coisas, mas a proclamação exige uma preparação espiritual. Não é qualquer coisa que será lida. Não! É a Palavra de Deus que será proclamada. Deus falará por meio da voz do leitor.

Anúncio da Palavra

Ao ler é preciso comunicar a Palavra de Deus, é uma leitura anúncio de salvação para quem ouve. Se você foi chamado para proclamar a Palavra, comece a se preparar uma semana antes, para que a Palavra saia do livro e entre no seu coração.

A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a oração: “A liturgia da palavra deve ser celebrada de modo a favorecer a meditação. Deve, por isso, evitar-se completamente qualquer forma de pressa que impeça o recolhimento. Haja nela também breves momentos de silêncio, adaptados à assembleia reunida, nos quais, com a ajuda do Espírito Santo, a Palavra de Deus possa ser interiorizada e se prepare a resposta pela oração. Pode ser oportuno observar esses momentos de silêncio depois da primeira e da segunda leitura e, por fim, após a homilia” (Instrução Geral do Missal Romano, 56).

Quem vai proclamar a Palavra espere que a assembleia se assente e se acalme. Não é preciso pressa. Que bom quando o grupo de canto entoa uma música suave, que ajude a assembleia a silenciar-se! Não pode ser um canto agitado, mas algo simples que fale ao coração. Dessa maneira, a assembleia pode ouvir melhor a Palavra, sem pressa, sem rumores, no silêncio. Os microfones já deverão ter sido testados antes. O leitor deverá saber onde liga. Nada de ficar assoprando o microfone ou dando tapinhas para ver se está ligado. Não! Isso dispersa.

Querido leitor, nunca suba à Mesa da Palavra (ambão), levando um folhetinho, um livrinho de onde você irá ler. A Palavra é proclamada do Livro da Palavra, do lecionário. O folheto, o subsídio que você usou para preparar a leitura é importante antes de começar a celebração, mas ele deve ficar em casa. Chegue antes na Igreja, pegue o lecionário, localize onde está a leitura, verifique se está certa, para que, na hora, você não fique perdido. Proclame com calma, sem gritar, sem pressa, favorecendo a meditação. Respeite a pontuação, faça as pausas necessárias. Mergulhe no texto. Interprete as palavras, dê vida ao texto bíblico.

A Palavra precisa cair no coração das pessoas. Elas precisam criar gosto pela Palavra. Se a assembleia se prepara com o silêncio para ouvi-la, e se você leitor preparou-se bem ao longo da semana, deixe que o Espírito Santo conduza a sua leitura.

                                     Padre Flávio Sobreiro


Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), padre Flávio Sobreiro é vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santa Rita do Sapucaí (MG), e padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG). É autor do livro “Amor Sem Fronteiras” pela Editora Canção Nova. Para saber mais sobre o sacerdote e acompanhar outras reflexões, acesse: facebook.com/peflaviosobreiro

Papa defende cultura da vida a exemplo de Madre Teresa



“Lembremo-nos das palavras de Madre Teresa: A vida é beleza, admira-a; a vida é vida, defende-a”, referiu o Papa Francisco

Da redação, com Agência Ecclesia



O Papa Francisco condenou neste domingo, 5, o aborto e a eutanásia, que considerou sinais de uma cultura do “descarte” e propôs como alternativa uma “cultura da vida”, lembrando o exemplo de Santa Teresa de Calcutá.


“Toda a vida é sagrada”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação do Aângelus.

O Papa associou-se à jornada que é celebrada neste domingo na Itália, sob o tema ‘Homens e mulheres pela vida nos passos de Santa Teresa de Calcutá’, desejando uma “corajosa ação educativa” em favor da vida humana.

“Promovamos a cultura da vida como resposta à lógica do descarte e à quebra demográfica, estejamos próximos e rezemos juntos pelas crianças que estão em perigo por causa de uma interrupção da gravidez e pelas pessoas em fim de vida”, apelou.
Francisco desejou que “ninguém seja deixado só” e que “o amor defenda o sentido da vida”.

“Lembremo-nos das palavras de Madre Teresa: A vida é beleza, admira-a; a vida é vida, defende-a”, referiu.O Papa convidou os responsáveis pela formação das novas gerações a “construir uma sociedade acolhedora e digna para cada pessoa”.

“Tanto a criança que está a nascer como a pessoa que está a morrer: toda a vida é sagrada”, insistiu.
Antes, na catequese dominical, Francisco desafiou os católicos a ser “luz e sal” nos seus ambientes de vida, para “regenerar a realidade humana no espírito do Evangelho e na perspetiva do Reino de Deus”.No final do encontro de oração, o Papa saudou os vários grupos presentes na Praça São Pedro.


Lectio Divina - 05/02/17 - 5º Domingo do Tempo Comum (A)

Um cristão/sal ... e uma Igreja/Luz !

"Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Vós sois o sal da terra." (Mateus 5, 13a)
Dou-me conta de que como cristão/sal devo fecundar a Terra ?
Sou fecundo, quer dizer, gero vida ... e a Vida ?

O sal simboliza os dons, talentos e qualidades que eu recebi e que devo multiplicar para o bem da Igreja e de toda a Humanidade !
Caso contrário, serei estéril pois ...

"... se o sal se tornar insosso, com que salgaremos?" (Mateus 5, 13b)
Sou "insosso", quer dizer, estou sem Vida ?
"Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens." (Mateus 5, 13c)

"Jogo" a minha vida fora e me deixo "pisar" pelo mundo ?
"Vós sois a luz do mundo." (Mateus 5, 14a)
Sou Luz ... ou me acomodo nas trevas ?
E a minha Luz não é o Cristo através de Sua Igreja ?

"Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte." (Mateus 5, 14b)
Pode a Igreja, a "cidade construída sobre um monte", a Nova Jerusalém celeste, ficar escondida e não fecundar e iluminar ... através de mim?

"Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa." (Mateus 5, 15)

Com o meu testemunho, deixo que a Igreja "brilhe" ?
Ou a apago com a minha inconsistência ?

"Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus." (Mateus 5, 16)
Meu (e Nosso) Pai é louvado com a minha vida ?


Se eu for sal ... minha Igreja será Luz !
Senhor,
que eu seja um cristão/sal
... na Tua Igreja/Luz !

Amém !