segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Papa fala dos fatores que dificultam a fidelidade à vocação

 

sábado, 28 de janeiro de 2017, 10h08



O Papa destacou alguns fatores que condicionam a fidelidade nesse tempo onde se torna difícil assumir compromissos sérios e definitivos

Da redação, com Rádio Vaticano


O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado, 28, no Vaticano, recebendo na Sala Clementina, cerca de 100 participantes na Plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.


Em seu pronunciamento, o Papa expressou sua satisfação em receber os membros da Congregação que, nestes dias, em sua plenária, refletiram sobre o tema da “fidelidade e dos abandonos”:

“O tema que escolheram é importante. Podemos dizer que, neste momento, a fidelidade é colocada à prova: é o que demonstram as estatísticas que examinaram. Encontramo-nos diante de certa ‘hemorragia’ que enfraquece a vida consagrada e a própria vida da Igreja. Os abandonos na vida consagrada nos preocupam muito. É verdade que alguns a deixam por um gesto de coerência, porque reconhecem, depois de um sério discernimento, que nunca teve vocação; outros, com o passar do tempo, faltam de fidelidade, muitas vezes a apenas alguns anos da sua profissão perpétua”.

Em seguida, o Papa destacou alguns fatores que condicionam a fidelidade nesse tempo de mudança de época em que, segundo ele, se torna difícil assumir compromissos sérios e definitivos.
“O primeiro fator que não ajuda a manter a fidelidade é o contexto social e cultural em que vivemos. De fato, vivemos imersos na chamada “cultura do fragmento”, do  ‘provisório’, que pode levar a viver ‘à la carte’ e ser escravo da moda. Esta cultura leva à necessidade de se manter sempre abertas as “portas laterais” para outras possibilidades, alimenta o consumismo e esquece a beleza de uma vida simples e austera, provocando muitas vezes um grande vazio existencial”.

Vivemos em uma sociedade, continuou o Papa, onde as regras econômicas substituem as leis morais, ditam e impõem seus próprios sistemas de referência em detrimento dos valores da vida. “Uma sociedade onde a ditadura do dinheiro e do lucro defende sua visão de existência. Em tal situação, é preciso primeiro deixar-se evangelizar e, depois, comprometer-se com a evangelização”, disse o Papa, que apresentou outros fatores ao contexto sócio-cultural.

“Um deles é o mundo da juventude, um mundo complexo, rico e desafiador. Não faltam jovens generosos, solidários e comprometidos em nível religioso e social; jovens que buscam uma vida espiritual, que têm fome de algo diferente do que o mundo oferece. Mas, mesmo entre esses jovens, há muitas vítimas da lógica do mundanismo, como a busca do sucesso a qualquer preço, o dinheiro e o prazer fáceis”.

Essa lógica, advertiu o Papa, atrai muitos jovens, mas nosso compromisso é estar ao lado deles para contagiá-los com a alegria do Evangelho e de pertença a Cristo. “Essa cultura deve ser evangelizada”, afirmou o Pontífice, acrescentando um um terceiro fator condicionante, que vem da própria vida consagrada:

“Tais situações, entre outras, são: a rotina, o cansaço, o peso de gestão das estruturas, as divisões internas, a sede de poder… Se a vida consagrada quiser manter a sua missão profética e o seu encanto, continuando a ser escola de lealdade para os próximos e os distantes, deverá manter o frescor e a novidade da centralidade de Jesus, a atração pela espiritualidade e da força da missão, mostrar a beleza do seguimento de Cristo e irradiar esperança e alegria”.

Outro aspecto, segundo o Papa, ao qual a vida consagrada deverá prestar especial atenção é a “vida fraterna comunitária”, que deve ser alimentada pela oração comum, a leitura da palavra, a participação ativa nos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, o diálogo fraterno, a comunicação sincera entre os seus membros, a correção fraterna, a misericórdia para com o irmão ou a irmã que peca, a partilha das responsabilidades.

Encerrando, o Santo Padre recordou a importância da vocação:

“A vocação, como a própria fé, é um tesouro que trazemos em vasos de barro, que nunca deve ser roubado ou perder a sua beleza. A vocação é um dom que recebemos do Senhor, que fixou seu olhar sobre nós e nos amou, chamando-nos a segui-lo mediante a vida consagrada, como também uma responsabilidade para quem a recebeu”.

Falando de lealdade e de abandono, disse ainda Francisco: “devemos dar muita importância ao acompanhamento. A vida consagrada deve investir na preparação de assistentes qualificados para este ministério”. E concluiu dizendo que “muitas vocações se perdem por falta de bons líderes. “Todas as pessoas consagradas precisam ser acompanhados em nível humano, espiritual e profissional. Aqui entra o discernimento que exige muita sensibilidade espiritual”, disse.

Papa: pobre em espírito é disponível à graça de Deus

domingo, 29 de janeiro de 2017, 13h47



Papa Francisco falou sobre as Bem Aventuranças no Angelus deste domingo

Da redação, com Rádio Vaticano

Quanto mais tenho, mais quero: isso mata a alma. E o homem ou a mulher que tem essa atitude não é feliz e não alcançará a felicidade: disse o Papa Francisco no Angelus deste domingo, 29, ao meio-dia, na alocução que precedeu a oração mariana.

Francisco havia partido das Bem-aventuranças, “carta magna” do Novo Testamento, que caracterizam a liturgia deste IV Domingo do Tempo Comum. No sermão da montanha “Jesus manifesta a vontade de Deus de conduzir os homens à felicidade”, destacou.
Nesta sua pregação Jesus segue um caminho particular: começa com o termo “bem-aventurados”, ou seja, “felizes”; prossegue com a indicação da condição para ser tais; e conclui fazendo uma promessa, explicou o Pontífice.

Francisco acrescentou que o motivo da bem-aventurança não está na condição de “pobres em espírito”, “aflitos”, “famintos de justiça”, “perseguidos”, mas na promessa sucessiva, a ser acolhida com fé como dom de Deus. “Parte-se da condição de dificuldade para abrir-se ao dom de Deus e aceder ao mundo novo, o ‘reino’ anunciado por Jesus.”

Não é um mecanismo automático, disse o Papa. “Não podem ser bem-aventurados se não se converteram”, se não se tornaram “capazes de apreciar e viver os dons de Deus”.
Francisco quis ater-se à primeira bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5,4), para em seguida explicitar quem são estes:

“O pobre em espírito é aquele que assumiu os sentimentos e a atitude daqueles pobres que em sua condição não se rebelam, mas sabem ser humildes, dóceis, disponíveis à graça de Deus.”
A felicidade dos pobres – dos pobres em espírito – tem uma dúplice dimensão: em relação aos bens e em relação a Deus, explicou o Santo Padre, acrescentando:

“Em relação aos bens, aos bens materiais, esta pobreza em espírito é sobriedade: não necessariamente renúncia, mas capacidade de experimentar o essencial, de partilha; capacidade de renovar todos os dias a admiração pela bondade das coisas, sem sucumbir na opacidade do consumo voraz.”
“Quanto mais tenho, mais quero; mais tenho, mais quero: esse é o consumo voraz. E isso mata a alma. E o homem ou a mulher que faz isso, que tem essa atitude ‘mais tenho, mais quero’, não é feliz e não alcançará a felicidade.”

Em relação a Deus, afirmou, “é louvor e reconhecimento que o mundo é bênção e que na sua origem está o amor criador do Pai. Mas é também abertura a Ele, docilidade a sua senhoria: “é Ele, o Senhor, é Ele o Grande, não eu sou grande porque tenho tantas coisas! É Ele: Ele que quis o mundo para todos os homens e o quis para que os homens fossem felizes”, acrescentou.

O pobre em espírito é o cristão que não deposita sua confiança em si mesmo, nas riquezas materiais, não é obstinado nas próprias opiniões”, disse ainda o Papa fazendo em seguida uma observação pertinente à convivência nas comunidades cristãs:

“Se em nossas comunidades existissem mais pobres em espírito, haveria menos divisões, contrastes e polêmicas. A humildade, como a caridade, é uma virtude essencial para a convivência nas comunidades cristãs. Os pobres, nesse sentido evangélico, se mostram como aqueles que mantêm firme a meta do Reino dos céus, fazendo entrever que este é antecipado de forma germinal na comunidade fraterna, que privilegia a partilha à posse.”

Hanseníase

Após a oração mariana, o Pontífice lembrou a celebração, neste domingo, do Dia mundial de luta contra a hanseníase, ressaltando que esta doença, mesmo em diminuição, encontra-se ainda entre as mais temidas e atinge os mais pobres e marginalizados. “É importante lutar contra esta enfermidade, mas também contra as discriminações que ela gera”, exortou.

Caravana da Paz

Encontravam-se presentes na Praça São Pedro, em meio aos cerca de 25 mil fiéis e peregrinos, três mil jovens da Ação Católica de Roma, formando a “Caravana da Paz”. Dois deles, um garoto e uma garota, se juntaram ao Santo Padre durante a saudação do Pontífice aos diversos grupos de fiéis e peregrinos reunidos na Praça. O garoto leu uma breve mensagem aos presentes. Em seguida, foram soltos alguns balões, símbolo da paz.
O Papa lembrou mais uma vez as populações do centro da Itália, expressando sua proximidade a estes que ainda sofrem as consequências do terremoto e das difíceis condições atmosféricas deste inverno europeu.

O Pontífice despediu-se dos presentes pedindo que não se esquecessem de rezar por ele.

Homilia Diária



Jesus vence os espíritos impuros que há em nós


Os espíritos impuros sujam nosso coração, nossa mente e alma, 
nossa relação com Deus e uns com os outros

“Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” (Marcos 5,8).
Hoje, estamos vendo o confronto de Jesus com uma legião de demônios que representam as impurezas que deixam um homem totalmente atormentado. O homem saiu do cemitério totalmente agitado e tomado por aquela legião de demônios. Os espíritos se colocaram aos pés de Jesus e suplicaram: “Senhor, mande-nos para aquela manada de porcos!”. É isso que Jesus faz, e talvez nós, que amamos tanto a ecologia e os animais, perguntemo-nos por que Jesus faz isso.
Aqui há um sentido comparativo muito interessante de se observar, porque os espíritos impuros são sujos; eles sujam nosso coração, nossa mente e alma, nossa relação com Deus e uns com os outros.
Uma vez que os porcos estão imersos na sujeira, Jesus tira a sujeira, tira esses espíritos impuros do coração do homem e os manda para a manada de porcos.

Não podemos ficar sujos, não podemos ficar imersos na sujeira deste mundo, porque ora aqui, ora acolá esses espíritos estão nos atormentando. E se nós nos deixarmos guiar por eles, vão invadindo nossa mente e nosso coração.
Quando Jesus proclama nas bem-aventuranças: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus”, é porque os puros de coração veem as coisas com o olhar de Deus. E quando perdemos essa pureza, não vemos mais as coisas do jeito que Deus as vê. O que vemos? Só enxergamos a maldade, a imoralidade, a indecência e coisas deste tipo, porque nosso olhar, nossa mente e coração foram invadidos pela malícia deste mundo, pela malícia que está presente no coração, no olhar, na forma de viver e assim por diante.
Você sabe o quanto esses espíritos impuros nos atormentam, gritam dentro de nós, fazendo-nos ter raiva, ressentimentos e mágoas! Esses espíritos impuros estão gritando dentro de nós, suscitando em nós malícias, desejos impuros, desejos perversos e tantas outras coisas imorais que olhamos no mundo em que vivemos.
Precisamos combater esses espíritos impuros, precisamos permitir que Jesus, que veio para renovar, lavar e sarar a natureza humana, cure e salve a nossa natureza; tire de nós, do nosso coração toda natureza suja e pervertida para que tenhamos a pureza do Reino de Deus.

O que é uma pessoa pura? Pegue um bebê no colo, toque na pureza de uma criança (porque se não fizermos como uma criança, não entraremos no Reino dos Céus), contemple ali toda a pureza e bondade que há. Contemple a mente e o coração de uma criança, quanto mais bebê é, mais puro está. Quanto mais nos tornamos crianças, mais Deus nos purifica.
Eu friso que não é criança na ingenuidade, pelo contrário, precisamos ser cada vez mais maduros; mas, uma vez que nos sujamos tanto com este mundo, Deus quer expulsar de nós esses espíritos impuros que tanto nos atormentam. Quando somos atormentados por uma legião de espírito, eles tiram nosso sono, nossa paz, não nos deixam viver na tranquilidade do Reino de Deus.
Que o Senhor expulse de nós todas as impurezas para conseguirmos olhar o mundo com o Seu olhar!
Deus abençoe você.


Santa Jacinta Marescotti, mestra das noviças

Papa recorda holocausto ao receber líderes judaicos da Europa

Papa recorda holocausto ao receber líderes judaicos da Europa


Da redação, com Agência Ecclesia


O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, 27, em audiência os representantes do Congresso Judaico Europeu (European Jewish Congress).
O encontro foi realizado hoje, no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 72 anos após a libertação do campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau.

O líder do ‘European Jewish Congress’, Moshe Kantor, disse querer levar ao Papa a sua “profunda preocupação” pelo aumento do populismo e da intolerância no mundo ocidental.

Em julho de 2016, o Papa Francisco visitou os antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Bikernau, na Polônia, numa homenagem silenciosa que durou cerca de hora e meia.



As únicas palavras foram deixadas em espanhol, por escrito, no livro do Museu de Auschwitz: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”.
João Paulo II e Bento XVI visitaram Auschwitz em 1979 e 2006, respectivamente.
O campo começou a funcionar em 1940 e terminou em 1945, com a chegada das tropas soviéticas, estimando-se que tenham morrido 1,3 milhões de pessoas, sobretudo judeus, ciganos, russos, presos políticos e polacos.
Uma das salas conserva ainda duas toneladas de cabelos humanos; foi também neste campo que foram usadas pela primeira vez as câmaras de gás.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Por que a Igreja guarda o Domingo e não o Sábado?


O motivo mais importante é que Jesus Cristo ressuscitou no Domingo, inaugurando a “nova Criação” libertada do pecado. Assim o Domingo (= dominus, dia do Senhor) é a plenitude do Sábado judaico. Sabemos que o Antigo Testamento é um figura do Novo; o Sábado judaico é um figura do Domingo cristão. O Catecismo da Igreja assim explica:

§2175 – “O Domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, cada semana, e cuja prescrição ritual substitui, para os cristãos. Leva à plenitude, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do Sábado judaico e anuncia o repouso eterno do homem em Deus. Com efeito, o culto da lei preparava o mistério de Cristo, e o que nele se praticava prefigurava, de alguma forma, algum aspecto de Cristo (1Cor 10,11)”.

Os Apóstolos celebravam a Missa “no primeiro dia da semana”; isto é, no Domingo, como vemos em At 20,7: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a fração do pão…” Em Mt 28, 1 vemos: “Após o Sábado, ao raiar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ao Sepulcro…” Em Ap 1, 10, São João fala que “no dia do Senhor, fui movido pelo Espírito…” e a coleta era feita “no primeiro dia da semana” (1Cor 16,2).

A Epístola de Barnabás (74 d.C.) um dos documentos mais antigos da Igreja, anterior ao Apocalipse, dizia: “Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (Barnabás 15:6-8).
Santo Inácio de Antioquia (†107), mártir no Coliseu de Roma, bispo, dizia: “Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte” (Carta aos Magnésios. 9,1).

“Devido à Tradição Apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com razão o dia do Senhor ou Domingo” (SC 106). O dia da ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois do seu “repouso” do grande Sábado, inaugura o dia “que o Senhor fez”, o “dia que não conhece ocaso”. (Cat. §1166)
São Justino (†165), mártir, escreveu: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos“ (Apologia 1,67).

São Jerônimo (†420), disse: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação.” (CCL, 78,550,52)

Desta forma a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição da Apostólica nos mostram porque desde a Ressurreição do Senhor a Igreja guarda o Domingo como o Dia do Senhor.

Prof. Felipe Aquino

Lectio Divina - 29/01/17 - IV do Tempo Comum (A)

Bem-aventurado ... sou !

"Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: ..." (Mateus 5, 1-2)
Estou nessa multidão ?
Busco sempre aproximar-me de Jesus ?
Como discípulo, Jesus me ensina ... mas realmente desejo aprender de Seu Coração ?
E mais tarde desejo transmití-lo ?

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus." (Mateus 5, 3)
Como um pobre em Espírito ... confio em Deus ?
No Deus que transforma o mal em Bem e até o meu mal no Seu e meu Bem ?
Creio na Sua História de Salvação para comigo ?
Agradeço tudo aquilo que Ele me permite viver ?
Nos momentos difíceis aceito e contemplo o Seu mistério ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados." (Mateus 5, 4)
O que me aflige : a enfermidade, a solidão, a pobreza, a depressão, a falta de sentido ou o "des-amor" ?
Mas o Amor de Deus por mim não é maior do que tudo isto ?
Confio no consolo de Deus o único que pode dar-me a verdadeira Paz ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra." (Mateus 5, 5)
Tenho a mansidão no meu coração e a paz na minha ação ?
"Possuo" a terra espalhando o Bem, o Belo e o Bom ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados." (Mateus 5, 6)
"Injustiçado" tenho fome ... mas "injusto" minha consciência não morre de “sede” de Deus ?
"Sacio-me" apenas com a verdade, com o perdão e com a reconciliação ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia." (Mateus 5, 7)
Reconhecendo-me miserável, coloco a miséria dos demais em meu coração e a transformo em misericórdia ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus." (Mateus 5, 8)
Com que "olhos" vejo o meu irmão, com os do mundo ... ou com os do coração de Deus ?
Vejo a Deus em meu irmão ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus." (Mateus 5, 9)
Promovo a Paz do meu Pai que está no Céu ?
Eu não sou filho da Paz ... que é Deus ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!" (Mateus 5, 10)
“Persigo” a justiça do Reino dos Céus e por causa dela sou perseguido pelos "reinos da terra" ?
Bem-aventurado ... sou !

"Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim." (Mateus 5, 11)
Sofro a mentira por causa da Verdade ?
Sofro a injúria por causa da Luz ?
Bem-aventurado ... sou !

"Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. (Mateus 5, 12a)
Cristão, pobre de Deus, aflito, manso, justo, misericordioso, puro, pacífico, perseguido, injuriado, verdadeiro e alegre ... tudo isso não compõe a minha "boa-ventura" : o ter como sentido na Terra a Eternidade no Céu através da História de Salvação que me é dada ?
Mas, para tanto, não posso afastar-me da humildade de me que fala o profeta Sofonias ...
“Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; achareis talvez um refúgio no dia da cólera do Senhor. E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel.” (Sofonias 2,3.3,12)

... e também São Paulo ...

“Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele.” (1 Coríntios 1,26-29)
... e assim, serei (seremos) bem-aventurado(s) !
Sim, sou bem-aventurado, porque Jesus veio para mim, assumindo a minha humanidade, através da Sua Santidade e tendo em vista a Eternidade !
Senhor,
bem-aventurado És ...
bem-aventurado sou !
Que assim seja !

Leituras da Missa do Dia

Primeira Leitura (Sf 2,3; 3,12-13)

2,3Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; achareis talvez um refúgio no dia da cólera do Senhor. 3,12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.

Segunda Leitura (1Cor 1,26-31)

26Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; 28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.

Evangelho (Mt 5,1-12a)

Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.



IV Domingo do Tempo Comum
29 de Janeiro de 2017
Cor: Verde
Evangelho - Mt 5,1-12a

Bem-aventurados os pobres em espírito....
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,1-12a
Naquele tempo:
1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se.
Os discípulos aproximaram-se,
2e Jesus começou a ensiná-los:
3'Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos,
porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos
por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem
e perseguirem, e mentindo,
disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim.
12aAlegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus.


Palavra da Salvação.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Papa recorda holocausto ao receber líderes judaicos da Europa

Papa recorda holocausto ao receber líderes judaicos da Europa





Da redação, com Agência Ecclesia


O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, 27, em audiência os representantes do Congresso Judaico Europeu (European Jewish Congress).
O encontro foi realizado hoje, no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 72 anos após a libertação do campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau.

O líder do ‘European Jewish Congress’, Moshe Kantor, disse querer levar ao Papa a sua “profunda preocupação” pelo aumento do populismo e da intolerância no mundo ocidental.

Em julho de 2016, o Papa Francisco visitou os antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Bikernau, na Polônia, numa homenagem silenciosa que durou cerca de hora e meia.



As únicas palavras foram deixadas em espanhol, por escrito, no livro do Museu de Auschwitz: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”.
João Paulo II e Bento XVI visitaram Auschwitz em 1979 e 2006, respectivamente.
O campo começou a funcionar em 1940 e terminou em 1945, com a chegada das tropas soviéticas, estimando-se que tenham morrido 1,3 milhões de pessoas, sobretudo judeus, ciganos, russos, presos políticos e polacos.
Uma das salas conserva ainda duas toneladas de cabelos humanos; foi também neste campo que foram usadas pela primeira vez as câmaras de gás.

Moedas de euro do Vaticano não terão mais foto do Papa  

Segundo fontes oficiais, o próprio Papa Francisco pediu no ano passado para que sua imagem fosse retirada das moedas


Ansa

O Vaticano terá novos modelos de moedas de euros a partir de março, mas, desta vez, o rosto do Papa não estará estampando o dinheiro.De acordo com uma nota no Boletim Oficial Europeu, que informa todas as mudanças em cédulas monetárias, inclusive as edições especiais, as novas moedas trarão apenas o escudo episcopal do Papa Francisco, e não mais o seu rosto.

As moedas têm uma face igual em todos os países da zona do euro (lado onde fica representado o valor da moeda), mas, na outra parte, contam com imagens escolhidas nacionalmente.
Segundo fontes oficiais, o próprio Papa Francisco pediu no ano passado para que sua imagem fosse retirada das moedas. Agora, as moedas serão estampadas pelo escudo papal escolhido por Jorge Mario Bergoglio no momento de sua consagração episcopal.

Outros Papas também já adotaram a decisão de não aparecer nas moedas, como Paulo VI, entre 1970 e 1978. Os primeiros euros do Vaticano foram colocados em circulação em março de 2002, com representações do então Pontífice, João Paulo II, que, na época, comemorou a instituição do euro como “uma ocasião histórica”.
Homilia Diária     

Nossa fé vence os ventos contrários da vida

A fé nos coloca na posição de combate, ajuda-nos a vencer tantas tribulações e ventos contrários na vida

“Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Marcos 4,40).
Estamos acompanhando Jesus e Seus discípulos, fazendo essa travessia no mar da Galileia. Naquela travessia, uma forte ventania começou a soprar e as ondas começaram a se lançar dentro do barco.
É óbvio que, quando as ondas se agitam e o vento forte vem para abalar, estando num barco, num avião, num carro, estando em qualquer lugar, nós muitas vezes não sabemos suportar os ventos contrários. O que vem no coração humano nesse momento? Desespero, pânico, pavor. Começamos a nos apavorar e o medo começa a nos guiar, tomar conta de nós, tememos pela nossa vida, pelo que vai acontecer.

Não se trata de sermos super-heróis, de sermos os corajosos; trata-se de sermos pessoas de fé, para enfrentarmos as tribulações, as ventanias, os ventos contrários e as ondas agitadas da vida.
Com medo não conseguimos nada! Com medo só sucumbimos, somos enforcamos, atribulamo-nos mais e somos apenas vencidos.

A nossa couraça não é o medo, a nossa couraça é a fé! A fé nos mantém de pé, coloca-nos na posição de combate, ajuda-nos a vencer tantas tribulações e ventos contrários na vida.
Jesus estava deitado com calma, e você pode pensar: “Nossa, Jesus estava indiferente! Jesus não se preocupou com aquela situação”. Desde quando excesso de preocupação, agitação e desespero ajudam a resolver alguma coisa na vida?

Não é sangue frio, mas é serenidade de espírito. Não é simplesmente não se importar e achar que tudo vai acontecer de forma mágica e milagrosa. Não! O grande milagre de que precisamos, a cada dia, é termos um coração sereno, confiante de que nos mantendo firme em Deus enfrentamos as ondas agitadas da vida, as tribulações que estamos vendo à nossa frente nesta ou naquela situação.

Às vezes, recebemos uma má notícia, a nossa saúde nos abala, acontece uma situação na nossa família, enfrentamos situações adversas, somos traídos, enganados, iludidos. As coisas não dão certo para nós e desanimamos, prostramo-nos, começamos a temer, a nos desesperar e alguns fantasmas aparecem: fantasmas do medo, da ilusão, da agonia nos deixam realmente acabrunhados, atribulados, sem ânimo e esmorecidos.

Jesus, hoje, está nos perguntando: “Por que não tendes fé?”. Se Jesus disse ao mar: “Silêncio, cala-te!”, precisamos dizer ao medo, às tribulações, aos fantasmas e fantasias que se criam dentro de nós: “Silêncio! Cala-te”, porque Deus está no comando!

Santo do Dia  

Santo Tomás de Aquino, professor e consultor da Orde

São Tomás Aquino

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno

Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: “Quem é Deus?”.

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.

Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado “Doutor Angélico”, Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Papa: ter medo de tudo é pecado que paralisa o cristão

Na Missa de hoje, Papa convidou fiéis a fazer memória do passado, viver o presente e ter esperança no futuro, sem jamais ficar parado e ter medo de tudo

Da Redação, com Rádio Vaticano

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Papa durante homilia na Casa Santa Marta / Foto: L’Osservatore Romano
Deus livre o homem do pecado que paralisa os cristãos: a pusilanimidade, ou seja, o medo de tudo, pediu o Papa Francisco na Missa desta sexta-feira, 27, na Casa Santa Marta. Francisco destacou que ter medo de tudo faz o cristão não ter memória, esperança, paciência nem coragem.

A Carta aos Hebreus proposta pela liturgia do dia, segundo Francisco, convida a viver a vida cristã com três pontos de referência: o passado, o presente e o futuro. Antes de tudo, convida a fazer memória, porque a vida cristã não começa hoje, continua hoje. Fazer memória é recordar tudo: as coisas boas e as menos boas, é cada um colocar a sua história diante de Deus sem escondê-la.

“’Irmãos, sois chamados à memória daqueles primeiros dias’: os dias do entusiasmo, de seguir adiante na fé, quando se começou a viver a fé, as provações sofridas…Não se entende a vida cristã, também a vida espiritual de cada dia, sem memória. Não somente não se entende: não se pode viver cristianamente sem memória. A memória da salvação de Deus na minha vida, a memória dos problemas da minha vida; mas como o Senhor me salvou destes problemas? A memória é uma graça: uma graça a pedir. ‘Senhor, que eu não me esqueça do seu passado na minha vida, que eu não esqueça os bons momentos, também os ruins; as alegrias e as cruzes’. O cristão é um homem de memória”.

Viver na esperança de encontrar Jesus

Francisco destacou ainda que o autor da Carta faz entender que os homens estão em caminho à espera de alguma coisa, à espera de chegar a um ponto: um encontro com o Senhor. Trata-se da esperança, de olhar para o futuro.

“A vida é um sopro, passa. Quando alguém é jovem, pensa que tem tanto tempo adiante, mas depois a vida nos ensina que aquela palavra que dizemos todos ‘mas como o tempo passa! Esse aqui conheci criança, agora se casa! Como o tempo passa!’. Logo vem. Mas a esperança de encontrá-lo é uma vida em tensão, entre a memória e a esperança, o passado e o futuro”.

Viver o presente com coragem e esperança

O terceiro ponto de referência é o presente, tantas vezes dolorido e triste. O Papa recordou que todos são pecadores, mas devem seguir adiante com coragem e paciência, sem ficar parados, porque isso não levará a crescimento.

Por fim, a liturgia do dia convida ainda a não cometer o pecado de não fazer memória, esperança, coragem e paciência: a pusilanimidade. É um pecado, segundo o Papa, que não deixa seguir adiante por medo. Pusilânimes são aqueles que vão sempre atrás, que protegem muito a si mesmos, que têm medo de tudo.

“O Senhor nos faça crescer na memória, na esperança, nos dê todos os dias coragem e esperança e nos livre da pusilanimidade, ter medo de tudo…Almas restritas para se preservarem. E Jesus diz: ‘quem quer preservar a própria vida, a perde’”.

qual-oracao-deus-quer-que-eu-facaQual oração Deus quer que façamos?



Devemos, em cada momento de nossa vida, fazer uma oração e nos voltar para Deus

Vivemos cercados por muitas necessidades pessoais e pessoas a nossa volta, passamos por diversos problemas e verdadeiras guerras interiores, diante das quais, muitas vezes, não conseguimos segurar nossa raiva ou tristeza. Mesmo sem querer luxo, sempre nos falta algo; e se temos tudo, um vazio se instala dentro de nós. Nesta vida, temos a certeza apenas de uma coisa: sempre teremos aflições e elas sempre terão um fim.
De quem nos lembramos quando chega esse momento? Nessas horas, até alguns ateus clamam: “Aí, meu Deus!”. Mesmo que ainda não acreditem, pedir o auxílio de Deus é uma frase comum quando se está na aflição.

Nesse momento, reconhecemo-nos dependentes d’Ele, e nos voltamos para Ele. Que lindo! Mas o Senhor, por vezes, não nos atende, parece que está morto ou dormindo. Chegamos a ser tentados a achar que Ele é obra de nossa imaginação.

Diante das tribulações, não se afaste de Deus

Nessa demora, chegamos a desafiá-Lo, cobrá-Lo ou forçamos a barra com uma promessa. Por vezes, acontece o pior: nós O abandonamos. A partir daí, procuramos soluções humanas e ineficientes, soluções ocultas que, aparentemente até resolvem, mas trazem, no fim, consequências espirituais mortais. Se você buscou solução espiritual fora de Deus, vale a pena então ler “A contaminação pela prática e busca do oculto”.
São Tiago esclarece: “Não possuís, porque não pedis; mas não recebeis, porque pedis mal, com o fim de gastardes nos vossos prazeres” (Tg 4, 2-3). Isso acontece quando fazemos uma oração pedindo apenas bens deste mundo, mas nos esquecemos de que a vida tem um fim. O necessário, a oração que Deus quer que façamos, é uma oração que nos cumule de bens espirituais.
O Próprio Cristo declara, em Lucas, após ter ensinado os discípulos a rezar: “Portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos nossos filhos, quanto mais o Pai do céu saberá dar o Espírito Santo aos que lhe pedirem!” (Lc 11,9-13)
Enquanto pedimos coisas que passam, Ele quer nos dar algo precioso, o rio de Água Viva, o Espírito Santo. Disse Jesus: “Do seu interior jorrarão rios de água viva” ( cf Jo 7,38). Todo aquele que crê no Senhor clama “Vem, Espírito Santo!”. Esse terá uma fonte de vida no interior, não só para si, mas para jorrar a todos à volta. Ela não só nos transformará, mas mudará tudo a nossa volta, pois, quando eu mudo, tudo muda.
A oração que Deus quer que façamos é: “Vem, Espírito Santo!”, para que possamos receber aquilo que Ele quer nos dar. Esse Espírito vem à medida que desejamos, e Ele não poder ser “gasto”, pois é o próprio Deus quem nos conduzirá a pedir bem, a pedir o que convém.

Oração

Tudo o que nos falta, então, é fazer com fé esta oração:
“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor.  Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.”
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo este mesmo Espírito e gozemos sempre de Sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.

Guilherme Christóvão

Homilia Diária


A graça de Deus nos mantém de pé


O que nos mantém de pé, firmes e nos levanta diante das tribulações da vida é a graça de Deus, que um dia recebemos no batismo

“Lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados, suportastes longas e dolorosas lutas” (Hebreus 10, 32).
Hoje, quero retomar, na nossa reflexão diária, aquilo que começamos a falar ontem quando São Paulo exortava Timóteo, seu filho na fé, a reinflamar e reacender a chama da fé.

Na Carta aos Hebreus, o escrito está falando justamente disso: “Lembrai-vos, tomar consciência dos primeiros dias, das lutas que enfrentamos, de tudo aquilo que enfrentamos por amor a Jesus Cristo”. Tudo aquilo que nós, muitas vezes, na vida, já suportamos por amor a Jesus e continuamos firmes, aguerridos e servindo ao Senhor. Havia em nós ou há em nossos corações uma chama, uma disposição que é dada por Deus e se chama: graça.

A graça de Deus nos permite suportar as tribulações, as perseguições, as dificuldades, as aflições e os tormentos que temos de enfrentar nessa vida. Daí, você pergunta: “Meu Deus, por que eu, muitas vezes, não consigo suportar isso ou aquilo?”. Eu lhe digo: o problema não é a graça, mas sim perguntar, meditar e refletir como está a nossa relação com a graça divina. Nós a deixamos secar?

Estamos olhando para ela apenas de forma racional e humana? Estamos realmente deixando que o Espírito nos molde, crie têmpera, solidez em nós, na nossa alma, no nosso corpo e no nosso espírito?
Não podemos tratar as realidades da nossa alma e do nosso coração apenas de forma humana, apenas cuidando de ver se isso é certo. Compreendo que precisamos nos olhar como pessoas humanas, porque assim somos, mas somos pessoas humanas convertidas a Deus e não podemos abrir mão da Sua graça!

Se abrirmos mão da graça divina, vamos olhar as coisas de uma forma muito pequena e perderemos o olhar de Deus, o olhar sobrenatural. Sem a visão sobrenatural não conseguiremos sobreviver, suportar tudo aquilo que vivemos, mergulhados no mundo e na vida que temos.

Às vezes, alguém diz: “Nossa, nunca foi tão difícil viver! Nunca o mundo foi tão cruel!”. Não é verdade. Se olharmos as tribulações, as perseguições, se olharmos tudo aquilo que os apóstolos sofreram, onde os primeiros seguidores de Jesus cresceram; se olharmos os primeiros séculos da Igreja, a Igreja dos mártires, a Igreja do sangue derramado por causa de Jesus, vamos ver que nós temos até muito amenidade e liberdade para proclamar o Reino. Até enfrentamos tribulações, mas nada que se compare às tribulações que sofreram os apóstolos. Não é para ficar medindo, matematicamente falando, quem sofreu mais ou quem sofreu menos. Essa não é a questão.

A questão é que se eles foram capazes de, com a graça de Deus, suportar, vencer e ir adiant
e, não foi por mérito humano, mas por graça divina.

Vamos vencer, vamos adiante se não nos apoiarmos somente, e principalmente, nos méritos humanos, mas entendermos que quem nos mantêm de pé, firmes e nos levanta diante das tribulações da vida é a graça de Deus, que um dia recebemos no batismo, e em tantas ocasiões da nossa vida.
É preciso colocar essa graça para fora, deixar que o Espírito inflame em nós essa convicção de que a graça de Deus nos mantém de pé!

Deus abençoe você!

Santo do Dia  

Santa Ângela Mérici

Santa Ângela Mérici, mulher de oração


Santa Ângela Mérici, promoveu a restauração das jovens, das famílias e foi ao encontro dos pobres e enfermos

Nasceu no ano de 1474 no norte da Itália. De uma família muito honesta, materialmente pobre, mas espiritualmente riquíssima, amava muito Cristo e sua Igreja. Os filhos foram crescendo assim, com o testemunho dos pais, inclusive Santa Ângela que, desde pequenina, já tinha vida de oração e penitência, buscava amar, cada vez mais, Deus.

Ela teve uma irmã e, com o tempo, seus pais vieram a falecer. Os filhos tiveram que sair de sua terra e morar com um tio. Ali, a irmã faleceu e, mais tarde, o tio. Quantas perdas! Mas Santa Ângela, mulher de oração, nunca acusou Deus, nunca se revoltou. Isso não quer dizer que não sentiu, não sofreu. Até Nosso Senhor, verdadeiro Deus, verdadeiro homem sofreu. Inspirada pelo Espírito Santo, retornou para a sua terra natal e ali começou a fazer um trabalho muito providencial, confirmado pelo céu, porque teve um sonho de ver jovens com coroas de lírios caminhando para o céu. Naquele discernimento, ela agarrou a inspiração e foi trabalhar servindo jovens que corriam riscos morais.

O grupo daquele que se dedicavam a Deus foi crescendo, servindo no resgate à evangelização dos jovens e também na restauração das famílias. Ela foi com o coração aberto, cheio de amor para auxiliar, com as outras jovens, as famílias. Promoveu a restauração das jovens, das famílias, também foi ao encontro dos pobres e enfermos. O Papa aprovou esta nova congregação que foi consagrada a Santa Úrsula, por isso, eram chamadas ursulinas, pois a própria Santa Úrsula apareceu para Santa Ângela. Ela que, aos 66 anos, partiu para o céu, hoje intercede não só pelas ursulinas, mas por todos que são Igreja.

Santa Ângela Mérici, rogai por nós!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

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Como participar bem da Santa Missa



Ir à Missa é encontrar-se com Cristo


1. De casa para a Santa Missa, “prepare o seu coração”, pois você se encontrará com o seu Senhor com uma pergunta: ““Pelo que me mostrarei agradecido a Deus? Que levo nas mãos para Lhe oferecer hoje?””;

2. Seja pontual e fique num lugar próximo ao altar, para não se dispersar;

3. Participe de toda a liturgia, cantos, posições do corpo, como o sentar ou ajoelhar-se;

4. Preste atenção nas leituras e na pregação do padre. O Salmo é a sua resposta a Deus, por isso cante respondendo ao refrão [do Salmo];

5. Depois de comungar, faça um momento de oração, uma ação de graças a Deus por doar-se a você mais uma vez;

6. Por fim, marque um pequeno compromisso com Jesus para a semana que vem.
Saiba como se encontrar com o seu Senhor.

Seis razões para ir à Santa Missa


1. Você conhece algum cristão sério que não vá à Missa?;

2. A Celebração Eucarística não é uma invenção da Igreja ou dos homens, mas do próprio Jesus, por isso não podemos mudar o que Ele nos deixou;

3. Ir à Missa é encontrar-se com Cristo e constitui um encontro de Seus seguidores entre si;

4. A Missa é um momento privilegiado para escutar a Palavra de Deus;

5. Eucaristia quer dizer “ação de graças”. Você não tem nada para agradecer a Deus?;

6. Por fim, a Eucaristia nos alimenta e fortalece.

Não perca tempo! Vá ao encontro do seu Senhor!

  Padre Anderson Marçal


Anderson Marçal Moreira é padre da Igreja Católica Apostólica Romana. Natural da cidade de São Paulo (SP), padre Anderson é membro da comunidade Canção Nova desde o ano 2000. No dia 16 de dezembro de 2007, foi ordenado sacerdote. Estudou Teologia Pastoral Bíblica-Litúrgica na Universidade Salesiana de Roma.

Homilia Diária

É preciso reinflamar a graça de Deus em nós

É preciso acender, reacender, reanimar, reinflamar essa graça, esse fogo de Deus que um dia recebemos

“Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6).
Hoje, celebramos os apóstolos Timóteo e Tito, companheiros de Paulo em sua grande missão evangelizadora. Eles foram, com certeza, convertidos pela pregação de Paulo e tornaram-se, depois, seguidores de Cristo pelo caminho de Paulo.

Como é importante termos afeto por aqueles que nos aproximam de Deus e por aqueles que nós aproximamos d’Ele. É uma coisa maravilhosa, os catequistas que nos evangelizaram, aqueles que foram responsáveis por nos transmitir a fé são exemplos e modelos para nós.

Paulo escreveu essa carta a Timóteo, seu discípulo, seu amigo e filho na fé. Ele está fazendo memória a Timóteo, está recordando sua vó Loide e sua mãe Eunice, que foram pessoas fundamentais para que Timóteo se tornasse um homem de fé. Paulo está chamando Timóteo a voltar ao primeiro amor, a reacender e reavivar a chama da fé que ele recebeu por ocasião da imposição das mãos. Quando Paulo realmente orou por ele, invocou sobre ele o dom do Espírito.

Você também se recorda como nós éramos muito mais inflamados, incendiados e mais aguerridos quando recebemos o dom da graça de Deus? Aquilo nos inflamou, incendiou-nos por dentro, causou em nós um verdadeiro entusiasmo, mas não é simplesmente um entusiasmo de ‘fogo de palha’. Não se trata disso! Trata-se do entusiasmo da chama da graça de Deus, que se acendeu no meio de nós.
Toda chama que não se cuida, vai diminuindo, vai aos poucos se apagando, ficando aquele foguinho pequeno. É preciso acender, reacender, reanimar, reinflamar essa graça, esse fogo de Deus que um dia recebemos.

A tentação do desânimo tomou conta, muitas vezes, do coração dos apóstolos, dos discípulos, dos seguidores de Jesus naquele tempo, nos tempos de hoje, e vai tomar conta também nos tempos de amanhã. Porque vamos fazendo empreitadas, vamos crescendo e amadurecendo, mas vamos também enfrentando dificuldades, problemas, frustrações, decepções e situações que tiram da nossa vida aquele gosto e sabor que tínhamos no início.

Não podemos perder a meta, não podemos perder o objetivo, não podemos tirar de Jesus o nosso olhar. Desviamo-nos da estrada da vida, perdemos o ardor da graça quando tiramos do Cristo o olhar e paramos na obra, nas pessoas, nesta ou naquela situação. E como lidamos com realidades humanas, elas vão tirando de nós, nos embates que acontecem na vida, o nosso entusiasmo.
Não deixemos que o entusiasmo seja somente humano, mas, sobretudo, que seja incendiado pela nossa fé.
Assim como Paulo reinflamou e convidou Timóteo para que inflamasse nele o dom da fé, Deus quer reinflamar em nós, incendiar novamente em nosso coração o entusiasmo, o amor primeiro, a entrega primeira que um dia fizemos ao Reino de Deus. Não é para viver de saudosismo, recordando o passado. É para fazer, hoje, com muito mais entrega, paixão e amor o que, no passado, Jesus começou a fazer em nossa vida.

Deus abençoe você!
São Timóteo

Santo do Dia

São Timóteo, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo

São Timóteo, conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João

Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: “A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!” (II Timóteo 1,2).

Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.

Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.

Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.

São Timóteo, rogai por nós!