terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Conversão de São Paulo
Santo do Dia 25 de Janeiro

Conversão de São Paulo, o apóstolo dos gentios

São Paulo, buscava identificar cristãos, prendê-los e acabar com o Cristianismo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus.

Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.
Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'”.

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.

São Paulo de Tarso, rogai por nós!

“Se faz caminho ao andar”



Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)


Com esta frase de um poema do escritor Antônio Machado , espanhol falecido no México como exilado, queremos refletir sobre a importância do ato de caminhar.n Adriano Labucci diz que o caminhar implica num triplo movimento: não nos apressar, acolher o mundo e não nos esquecer de nós mesmos no caminho. O mesmo autor acrescenta mais adiante: não existe nada mais subversivo, mais alternativo ao modo de pensar e agir hoje dominante.

De fato caminhar é resistir, e colocar de novo em contato os pés na terra, para viver em constante êxodo e resgatar a condição de andarilho. É acreditar no convite de Deus a Abrão: Lekh lekhà (vai-te) e como Enzo Bianchi, comentou; vá até você mesmo, uma viagem por tanto interior e externa como missão e tarefa. São Francisco foi nominado pelo seu biógrafo, Tomás Celano, um feliz viajante e nos ensina o caminho da alegria, simplicidade e comunhão com todas as criaturas. Dorothy Day se iniciou na oração e na justiça social caminhando nos subúrbios operários de Chicago e Nova York.

O irmão Roger de Taizé nos propõe caminhar com confiança e mansidão para a unidade. Martin Luther King fez várias caminhadas defendendo a dignidade e a justiça racial lutando contra a discriminação. Mas quantas pessoas anônimas como uma velhinha de camisa azul e tênis surrado, que caminhava levando nas costas a seguinte frase: peregrina da paz, 25000 milhas a pé pela paz; fazem-nos entender a profecia deste gesto?

Ela tinha deixado tudo, uma posição confortável bens e moradia para caminhar conhecendo pessoas e passar a mensagem da paz e do amor. Caminhar não só é uma atividade muito saudável, mas plenamente humana porque nos insere no mundo, e nos faz recuperar a percepção verdadeira do espaço e do tempo. Quando caminhamos clareamos o sentido da vida, o para onde vamos e qual o objetivo da nossa missão. Aprendemos a profunda sabedoria daquele pensamento de Mahatma Ghandi: não há caminho para paz, a paz é o próprio caminho. Finalmente gostaria de afirmar que o caminhar é uma experiência de profunda trascendência e misticismo porque nunca caminhamos sozinhos, mas na companhia daquele que se apresenta não só como amigo e irmão da jornada, senão o próprio Caminho que leva ao Pai, Jesus Cristo o ponto de partida e de chegada da nossa peregrinação na Terra. Deus seja louvado!
 
Reunião do regional Nordeste 3 aborda problemas no sistema prisional




Na pauta, a superlotação e a falta de políticas públicas dentro dos presídios baianos
A presidência do regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a coordenação regional da Pastoral Carcerária reuniram-se, na quarta-feira, em Salvador (BA), para discutir meios de amenizar os problemas existentes no sistema prisional do estado da Bahia.

A segurança dos internos, tendo em vista os últimos acontecimentos em que presos foram mortos dentro de presídios brasileiros por causa de problemas como superlotação e maus tratos, foi o principal assunto do encontro. De acordo com o assessor jurídico da Pastoral Carcerária do regional Nordeste 3, Davi Pedreira, os presídios da Bahia estão em estado crítico e precisam de mais atenção do governo. “A Bahia tem o dobro ou o triplo de presos na cadeia, ou seja, numa cela que cabem dois, tem cinco, seis ou sete presos, destaca o assessor.

Segundo a pastoral, a Bahia tem 60% de presos provisórios que aguardam julgamento presos. “O direito prevê, na sua concepção acadêmica, que o preso só ficasse preso provisoriamente sem ser julgado em casos excepcionais, mas é tão lenta a justiça baiana que 60% de presos estão sendo julgados ainda”, disse o assessor.

A Pastoral Carcerária tem solicitado uma agenda com o governador da Bahia, Rui Costa, para apresentar um documento com as sugestões e prioridades apontadas durante a reunião. O bispo de Serrinha (BA) e referencial da Pastoral Carcerária no regional Nordeste 3, dom Ottorino Assolari, ressaltou a importância de ter um apoio do governo diante da situação pela qual os presídios estão passando. “Nós queremos ir até o governador para que assuma pessoalmente a responsabilidade dos presídios, porque cabe a ele assumir pessoalmente e a situação é grave aqui na Bahia… tem muitos problemas e poderia de uma hora pra outra ter uma bomba de repente, sem previsão nenhuma. Mandamos o convite ao governador, porque o quanto antes tivermos uma resposta, mais rápido o problema poderá ser resolvido. Nós esperamos que através disso possamos ficar com mais tranquilidade”, contou o bispo.

Na reunião ainda foram discutidos os problemas nas políticas públicas dentro do próprio presídio. A intenção é que aumente o número de escolas, melhores condições de trabalho para os presos, além da diminuição do excesso de prisões provisórias. Outra sugestão apontada é a possibilidade de realizar convênios com universidades que disponibilizem estagiários do curso de direito, para que os estudantes possam dar suporte ao sistema judiciário prisional.

Participaram do encontro o bispo de Camaçari (BA) e presidente do regional Nordeste 3 da CNBB, dom João Carlos Petrini; o bispo auxiliar de Salvador e secretário geral do regional, dom Gilson Andrade da Silva; o arcebispo de Feira de Santana, dom Zanoni Demettino Castro; o bispo de Serrinha e referencial da Pastoral Carcerária no regional Nordeste 3, Dom Ottorino Assolari; o coordenador estadual da Pastoral, Franco, o assessor Jurídico, Davi Pedreira; além de outros dirigentes da Pastoral Carcerária a nível estadual.

Com informações do regional Nordeste 3
Fotos: Lilian Kastro
Homilia Diária

            Pertencemos à família de Jesus!

A família de Deus é formada por todos aqueles que buscam conhecer Sua vontade e a coloca em prática na sua vida

“Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Marcos 3,34-35).
Que bom sermos da família de Jesus, sermos irmãos, parentes d’Ele! Que bom estarmos unidos a Ele! Veja que maravilha, não é uma questão sanguínea, de parentesco próximo e familiar que nos une a Jesus, mas é outro grau de familiaridade que nos une ao Senhor.
A família de Deus é formada por todos aqueles que buscam conhecer Sua vontade e a coloca em prática na sua vida. Esses laços nunca se rompem, são eternos, não são laços frágeis, que se rompem a qualquer vento. Se procurarmos com autenticidade, verdade e seriedade, colocar em prática a Palavra de Deus em nossa vida, seremos cada dia mais próximos, íntimos e familiares a Jesus.
O Senhor deseja que sejamos realmente Seus irmãos, que sejamos Sua família! “Quem sou para ser irmão de Jesus?”. Não fomos nós quem escolhemos ser irmãos d’Ele, foi Ele quem desceu até nós para nos tornar irmãos em primeiro lugar, e para dizer que, pela condição humana, nós também nos unimos a Ele.

Deus é Pai de todos nós e Seu filho único e eterno, Jesus, assumiu ser um de nós na condição humana, assumiu nossa materialidade, nossa carne humana.
Como nos unimos a Jesus? Fazendo aquilo que Ele veio nos ensinar.

É preciso dizer que muitos parentes de Jesus, muitos daqueles que eram consanguíneos a Ele, não colocaram em prática a vontade do Pai. Então, não basta ter esse privilégio, não basta dizer: “Eu sou parente d’Ele!”. Não basta dizer que é até sobrinho do Papa. Isso não salva ninguém, pelo contrário, é até uma responsabilidade. Não nos prendamos aos laços sanguíneos, mas aos laços eternos. Aquilo que é feito em Deus, colocado n’Ele é para sempre!

Para ser para sempre de Deus é preciso, no dia chamado ‘hoje’, no tempo que é agora, colocarmos em prática a vontade d’Ele. É um esforço, é uma luta, uma determinação de vida, um empenho de coração para que, na nossa vida, possamos colocar em prática a vontade do Senhor.
Por favor, não sejamos aquelas pessoas insensatas que ouvem a Palavra de Deus, que dizem que é muito bom, muito bonito, que é isso mesmo, mas não se empenham em transformar a própria vida.
Sabe, meus irmãos, é verdade que Deus compreende os nossos limites, as nossas fraquezas e tem piedade de todas elas. Mas não basta ficar lamentando as fraquezas e os limites. É preciso um esforço humano, contando com a graça sobrenatural de Deus, para que a vontade d’Ele vença a nossa vontade.
Dentro de nós, muitas vezes, há uma má vontade, uma vontade mal inclinada para o maligno e para as coisas erradas. Precisamos mudar essa vontade, precisamos dobrar nossa vontade para que ela se dobre, incline-se para a vontade de Deus. Isso sim nos faz familiares de Deus, coloca-nos na família de Jesus!

Deus abençoe você!

Santo do Dia  

São Francisco de Sales

São Francisco de Sales, doutor da Igreja

São Francisco é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana

Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.

Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.

Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.

No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.

Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.

Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.
Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.

São Francisco de Sales, rogai por nós!