domingo, 12 de março de 2017





"Ouvir o outro requer paciência 
e atenção", diz Papa

Em encontro com os voluntários do “Telefone Amigo Itália” o Papa afirmou que Deus é o melhor exemplo de escuta: “cada vez que rezamos, Ele nos ouve”

Da redação, com Rádio Vaticano

Neste sábado, 11, o Papa Francisco recebeu no Vaticano os voluntários do “Telefone Amigo Itália”, por ocasião dos seus 50 anos de atividades. No seu discurso, aos cerca de 400 presentes na Sala Clementina, no Palácio Apostólico o Santo Padre afirmou que essa Associação está comprometida a apoiar todos aqueles que se encontram em condições de solidão, confusão e que necessitam de escuta, compreensão e ajuda moral.
“Trata-se de um serviço importante, especialmente no contexto social de hoje, marcado por múltiplas dificuldades cujas origens muitas vezes se encontram no isolamento e na falta de diálogo”, disse o Papa.

Indispensável promover o diálogo e a escuta

As grandes cidades, apesar de serem superpovoadas, são emblemáticas de um gênero de vida pouco humano à qual os indivíduos estão se acostumando: indiferença generalizada, comunicação cada vez mais virtual e menos pessoal, falta de valores sólidos sobre os quais basear a existência, cultura do ter e do aparecer, continuou Francisco, reafirmando que é indispensável promover o diálogo e a escuta.
“O diálogo permite conhecer e entender as recíprocas necessidades. Primeiro, demostra um grande respeito, porque coloca as pessoas em um comportamento de abertura recíproca, para receber os aspectos melhores do interlocutor. Além disso, o diálogo é expressão de caridade, porque, mesmo não ignorando as diferenças, pode ajudar a buscar e compartilhar caminhos em busca do bem comum”.

Dialogar ajuda as pessoas a humanizar as relações

O Santo Padre acrescentou que através do diálogo, “podemos aprender a ver o outro não como uma ameaça, mas como um dom de Deus, que nos interpela e nos pede para ser reconhecido”.
“Dialogar ajuda as pessoas a humanizar as relações e a superar mal-entendidos. Se houvesse mais diálogo, um diálogo real nas famílias, no ambiente de trabalho, na política, seriam resolvidas mais facilmente tantas questões”, afirmou o Santo Padre.

Ouvir o outro requer paciência

Francisco continuou dizendo que a condição do diálogo é a capacidade de escutar, que infelizmente não é muito comum. Ouvir o outro requer paciência e atenção. Somente quem sabe se calar sabe escutar: escutar Deus, escutar o irmão e a irmã que precisam de ajuda, escutar um amigo, um membro da família.

“O próprio Deus é o melhor exemplo de escuta: cada vez que rezamos, Ele nos ouve, sem pedir nada e até mesmo nos precede e toma a iniciativa em atender os nossos pedidos de ajuda. A atitude de escuta, da qual Deus é o modelo, exorta-nos a derrubar os muros dos mal-entendidos, a criar pontes de comunicação, superando o isolamento e o fechamento no nosso mundo pequeno”.


O Papa finalizou afirmando que através do diálogo e da escuta podemos contribuir à construção de um mundo melhor, tornando-o lugar de acolhida e respeito, contrastando assim as divisões e os conflitos.

A importância da participação da Missa na paróquia


Domingo é o dia do Senhor. São João Maria Vianey dizia: “Um Domingo sem Missa é uma semana sem Deus”. A nossa fé nos agrega numa grande família que é a Igreja, de maneira mais particular a Paróquia, onde eu coloco em prática a minha fé. Lá é onde eu recebo o suporte necessário para crescer na formação humana, na espiritualidade e em todos os tesouros sacramentais para minha salvação. A Igreja paroquial é minha casa, é o meu núcleo de fé e vida.




Tomemos por modelo os cristãos das primeiras comunidades: “Os que receberam a sua palavra foram batizados. Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações” (cf. Atos 2, 41-42).

Assim como eu preciso fazer uma experiência com Cristo para segui-lo, eu também preciso fazer uma experiência com a comunidade de fé, que é a Igreja, a portadora do depósito da fé, a extensão do grande corpo de Cristo e da qual eu sou membro. A comunidade é necessária para que a minha fé não seja estéril, morta, sem obras. Na comunidade paroquial, eu faço uma experiência de vida fraterna que faz toda a diferença no mundo de hoje. Na experiência dos apóstolos, o Domingo tem lugar especial por se tratar do dia da ressurreição do Senhor. No início, quando eles não tinham igrejas e eram perseguidos, eles celebravam em suas próprias casas. É isso que nós cristãos, hoje, somos chamados a resgatar: o sentido de casa de nossas paróquias, casa de comunhão e fé, ressurreição e vida.

Lembro-me, com muito carinho, da minha “paróquia mãe”, a Catedral de Sant’Ana. Logo depois que eu encontrei Jesus e d’Ele recebi a Vida Nova, engajei-me na minha paróquia por meio do grupo de jovens, da Legião de Maria e da Missa Dominical, que não perdia por nada deste mundo; era por amor, era de coração. A partir daí, vieram a Direção Espiritual com o vigário Monsenhor Jessé Torres, a vida de oração e a vocação ao sacerdócio. Veja quantas riquezas a paróquia pôde me oferecer! Mas não posso me esquecer das desculpas imaturas de que não precisava ir à casa de Deus para encontrar o Senhor, que podia rezar em casa, pois Deus está em todo lugar e lá não se vê tanto testemunho, etc. Essas idéias acabaram quando fui crescendo no verdadeiro sentido de ser Igreja: “Eu sou e também faço a Igreja; sou discípulo de Jesus Cristo e estou neste caminho por Ele em primeiro lugar.

D.40.1  Celebração dominical, centro da vida da Igreja:

§2177 A celebração dominical do Dia do Senhor e da Eucaristia está no coração da vida da Igreja. “O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como a festa de preceito por excelência.”

“Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, Mãe de Deus; de sua Imaculada Conceição e Assunção, de São José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e, por fim, de Todos os Santos”.

Domingo primeiro dia da semana

§1166 “Devido à tradição apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, chamado, com razão, o Dia do Senhor ou domingo”. O dia da ressurreição de Cristo é, ao mesmo tempo, “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da criação, e o “oitavo dia” em que Cristo, depois de seu “repouso” do grande sábado, inaugura o dia “que O Senhor fez”, o “dia que não conhece ocaso”. A Ceia do Senhor é seu centro, pois é aqui que toda a comunidade dos fiéis se encontra com o Ressuscitado, que Os convida a seu banquete: O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia, pois foi, nesse dia, que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado, pois, hoje, levantou-se a luz do mundo; hoje, apareceu o sol de justiça, cujos raios trazem a salvação.

§1167 O domingo é o dia, por excelência, da assembléia litúrgica em que os fiéis se reúnem para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os ‘regenerou para a viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos.

Domingo dia principal da celebração eucarística:

§1193 O domingo é o dia principal da celebração da Eucaristia por ser o dia da ressurreição. É o dia da assembléia litúrgica por excelência, da família cristã, da alegria e do descanso do trabalho. O domingo é o fundamento e o núcleo do ano litúrgico.

D.40.9 Obrigação de participar da liturgia dominical:

§1389 A Igreja obriga os fiéis “a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos” e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas comenda, vivamente, aos fiéis que recebam a santa Eucaristia nos domingos e dias festivos ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias.

§2042 O primeiro mandamento da Igreja (“Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”) ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos. Em primeiro lugar, participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e abstendo-se de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.

Antes de qualquer obrigação, o meu relacionamento com Deus deve ser por amor e o meu compromisso concreto exige tempo e espaço para se atualizar, por isso, a minha paróquia é lugar de encontro com Ele e com os meus irmãos na fé, onde eu alimento a minha experiência e vida com o meu Senhor. Não existe uma experiência autêntica de Jesus Cristo fora da comunidade, nela sou formado na Palavra, no Altar, no testemunho e na doação de minha vida.

Sabendo de todas essas maravilhas e chamados a renovar o nosso compromisso com Jesus Cristo e com a Igreja Paroquial, como tem sido a sua participação na sua paróquia? Qual tem sido a sua experiência paroquial? Você vai à Missa todos os Domingos?

Nunca é tarde para recomeçar. Minha benção fraterna+.

Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/a-importancia-da-participacao-da-missa-na-paroquia/ 


A oração transfigura nossa vida




HOMILIA DIÁRIA

A oração transfigura nossa vida

A oração nos abastece e nos alimenta, a oração nos refaz, muda o nosso semblante e nosso interior.  “Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha”(Mateus 17, 1).

Veja que maravilha, estamos no contexto do tempo da Quaresma. Alguns podem pensar que a Quaresma é apenas um tempo que nos conduz à Paixão de Jesus. É um erro, uma ilusão, um engano, pois a Quaresma nos conduz para o alto da Ressurreição de Jesus; a Quaresma é o tempo que nos conduz pelo caminho da vida nova da Ressurreição de Cristo.

É verdade que não iremos passar ou chegar à ressurreição simplesmente burlando o caminho, porque, o caminho que nos conduz à Páscoa de Cristo passa pela Sua Paixão, passa pela Sua Via-sacra, passa por todo sofrimento que O espera em Jerusalém.

O Senhor nos acalenta, reconforta-nos, Ele nos dá sempre o sentido da glória! Por isso, neste domingo, meditamos a Transfiguração de Jesus.

E o que é a transfiguração? Contemplar de forma antecipada a glória que Cristo irá viver! Eles [discípulos] estão vendo resplandecer o rosto de Cristo que brilha como o sol, as Suas roupas ficaram tão brancas com a luz, mas não é a luz que conhecemos da nossa casa. É uma luz celeste, que é impossível descrever aquela brancura. É essa glória que nos espera, é esse o corpo glorioso que Deus quer para nós, é essa vida gloriosa que o Senhor prepara para cada um de nós!

Deixe-me dizer a você: é preciso que tenhamos os olhos voltados para o Céu, é preciso que caminhemos em meio às Vias-sacras da nossa vida sem perder a perspectiva que nos aguarda, que é a vida gloriosa na presença do Nosso Deus.

Deus não preparou para nós sofrimentos eternos. Ele vem caminhar conosco para nos ajudar a caminhar a cada dia, carregando a nossa cruz. Mas não é uma cruz que nos conduz para baixo, para nos derrubar. É uma cruz que nos eleva para a presença de Deus. Por isso, que neste caminho que nos conduz até Jerusalém, Jesus leva os Seus principais discípulos a uma alta montanha e ali se transfigura na presença deles.

Jesus quer se transfigurar a nossa presença, Ele quer fazer resplandecer a Sua glória, o Seu rosto glorioso diante da nossa face enrugada, sofrida e machucada para que nós também sejamos transfigurados. De que maneira Ele realiza isso? Pela força, pelo poder da oração; quando somos capazes de nos recolhermos, de sairmos do nosso cotidiano e irmos a um lugar à parte. Como é importante esse lugar à parte, distante de tudo aquilo que estamos fazendo do nosso cotidiano para nos colocarmos somente na presença de Deus.

A oração transfigura nossa vida, a oração nos configura a Cristo, a oração nos coloca íntimos a Ele, a oração nos faz contemplar o Céu já na terra. A oração antecipa as realidades futuras para o tempo presente, a oração nos abastece e nos alimenta, a oração nos refaz, muda o nosso semblante e nosso interior.

Quantas vezes levantamos com um sentimento negativo, com o sentimento de fazer coisas erradas, e quando nos jogamos na oração, o nosso ser é transfigurado pela graça de Deus!
Hoje, Jesus quer nos levar a montanha sagrada para fazer resplandecer em nós a Sua face gloriosa. Contemplemos o Cristo presente e vivo no meio de nós!

Deus abençoe você!