domingo, 30 de novembro de 2014

Expectativas para o Ano da Vida Consagrada - Entrevista com Dom João de Aviz.


Entrevista com Dom João de Aviz: Expectativas para o Ano da Vida Consagrada

Rosinha Martins (18.11.14)

Por ocasião do encontro com o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades  de Vida Apostólica,do Vaticano, dom João, Cardeal de Aviz, que reuniu em Curitiba, PR, em agosto último passado, cerca de 1.200 religiosas e religiosos, o cardeal, em entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação da CRB Nacional falou sobre suas expectativas em relação ao Ano da Vida Consagrada. O Cardeal versou, ainda, sobre temas como: o lugar das mulheres  na Igreja, as relações entre Vida Consagrada e Clero Diocesano, e novos documentos alusivos aos bens dos Institutos e a vocação dos Irmãos.

Quais as expectativas  para o Ano da Vida Consagrada?

Dom João - Para o Ano da Vida Consagrada, unamo-nos a tudo que será celebrado no mundo  nestas  três perspectivas: para o passado, uma memória grata; para o futuro, a confiança na fidelidade de Deus;  para o presente, uma entrega apaixonada à nossa vocação. São três perspectivas amplas que inspiram para um caminho positivo. Não devemos nos desinstabilizar pelas dificuldades do momento presente, pois algumas das nossas Congregações já começam a sentir o problema das vocações e do envelhecimento. É Deus quem cuida do Carisma. Cabe a nós verificar se estamos dando o testemunho correto. Acho que é por aqui que temos de ir, e caminhar na direção de uma vida trinitária, uma vida de relações renovadas.

E qual seria o caminho, como incentivar isto? Que atividades para o Ano da Vida Consagrada podem ajudar a criar esta consciência?

Dom João - O incentivo vem através de tudo o que a Congregação de Roma está orientando, por meio das nossas Conferências Religiosas,  como a do Brasil (que está caminhando muito bem), mas, ressaltar essas linhas, como a trinitária,  que ainda temos de compreender melhor e, sobretudo, experimentar melhor. Os meios são os nossos encontros, e tentar viver isso dentro das nossas comunidades, sem nos afastar dos nossos carismas, que são estradas normais pelas quais nós passamos. Outras estradas comuns são o seguimento de Jesus e a escuta do momento atual.

Foi lançado recentemente um documento sobre a gestão dos bens dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica. Qual a razão de um documento com este tema?

Dom João - Este documento, que não será definitivo, mas provisório,  surge para que todos os religiosos possam dar suas contribuições, as quais ainda serão recolhidas, pois,  para o Papa, é importante que enriqueçamos o documento com aquilo que as pessoas já  experimentam. Essa preocupação nasceu do fato de que muitas Congregações estão diminuindo, ou, digamos, com um número pequeno de pessoas e muitos bens, e elas precisam organizar tudo isso. Obras que foram construídas há séculos ficam perdidas, deixamos escapar, porque não cuidamos. Então, o Papa quis fazer um simpósio para aproximadamente 600 pessoas. Esse número ultrapassou, e muitas pessoas estão na fila de espera para um novo simpósio.

O documento está sendo elaborado (estou fazendo a tradução em português) e irá para as comunidades para leitura e apreciação. A partir daí, definiremos algumas linhas que queremos seguir para resolver este problema, mas em conjunto, não cada um por conta própria.

Que dicas o senhor dá para se celebrar o Ano da Vida Consagrada no Brasil, um país com  uma cultura e jeito próprios de ser?

Dom João - Partindo destas coisas essenciais: seguimento de Jesus, volta aos fundadores, inserção na cultura e na Igreja local e pôr em evidência toda a beleza desta Vida Consagrada como ela é vivida aqui, no âmbito da formação, das obras, da missão. Mas isso depende um pouco do local. O Brasil tem muitas condições, porque a Vida Consagrada está bem organizada, mas que não seja fruto simplesmente de uma organização, e sim também de experiências vividas. Acho que o encontro de Curitiba trouxe muito isso: refletimos e contamos aquilo que é vivido.

Sobre a questão da Profecia da Vida Consagrada, há quem diga que a Vida Religiosa deva ser mais profética em tempos atuais, o senhor concorda?

Dom João - O Papa fala sobre isso, diz que a Vida Consagrada tem de ser profética, e quando ele fala de profecia quer dizer anunciar o Reino de Deus e experimentá-lo; anunciar os valores do Reino, os valores futuros que esse Reino traz. Esta é a profecia e nela todas as realidades que precisam ser transformadas. Neste sentido o Brasil pode fazer muito.

Há temas referentes à Vida Consagrada que serão mais evidenciados no Ano da Vida Consagrada?

Dom João - Vamos acentuar a juventude, os formadores, o ecumenismo. No Simpósio final queremos ter presentes todas as vocações, com momentos comuns e outros distintos para usufruir bem desse momento final do Ano da Vida Consagrada.

A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica têm dado muita atenção às mulheres. Que lugar estas mulheres estão ocupando, de fato, na Cúria? Elas têm voz e vez?

Dom João - Creio que neste momento é preciso acelerar isso, porque, se dependesse do Papa, as mulheres já estariam ocupando metade dos lugares que elas precisam ocupar, seja na Cúria Romana, seja nos Dicastérios. Temos de deixar essa mania de pensar que as mulheres estão um grau abaixo do homem. Não tem sentido isso. Algumas coisas são específicas, mas estas nós sabemos quais são. Então,  é preciso levar para frente a Vida Consagrada em conjunto, com a mesma dignidade, isso é fundamental. O Papa quer que esses sinais venham logo; e não só: ele fala explicitamente que as mulheres têm de ocupar cargos de decisão. Creio que nós não temos mais que ficar esperando, temos que acelerar isso. Eu começo pela minha Congregação, mas as outras também poderão fazer isso.

Poderia falar sobre o Documento que está sendo elaborado sobre a vocação dos Irmãos?

Dom João - Em 2008, na Assembleia Geral da Congregação (que é feita a cada 2 ou 3 anos, com participação de representantes religiosos em nível mundial), da qual participava o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio, foi solicitado um documento para se aprofundar a vocação dos Irmãos. O documento está pronto e foi elaborado com a colaboração direta dos Irmãos e aprovado pelo Papa. O documento é sobretudo uma distinção, digamos assim, não olhar mais a vocação do Irmão em relação ao sacerdócio, mas como vida consagrada, e olhar muito mais a vida de fraternidade e de consagração.

Existe ainda, ao menos no Brasil, um certo entrave na relação entre Vida Consagrada e o Clero Diocesano. Quais as suas expectativas para o futuro dessas relações?

Dom João - Sobre este tema, falamos para o Santo Padre que gostaríamos de partir da espiritualidade de comunhão e dos dois princípios ou  dimensões coessenciais da Igreja: a hierárquica e a carismática. Não existe conflito entre estes dois princípios, porque o Espirito de Deus fala na hierarquia e fala no Carisma. Ele (o Espírito) não se contradiz, quem se contradiz somos nós, às vezes por falta de equilíbrio e de maturidade, que herdamos também do passado. Esses dois mundos são feitos para se integrar, não estão submissos um ao outro, mas submissos ao Espírito. Isso porque um fundador/uma fundadora nunca pede licença ao bispo para começar um carisma. Sente de Deus o chamado, começa e a uma certa altura, querendo saber se aquilo é de Deus, confirma com a hierarquia. Se a hierarquia reconhece, ele/ela sabe que é de Deus e continua seu caminho. Esse eqiulibrio é que precisa ser resolvido, e será só se partirmos dessa coessencialidade. Quando partilhamos isso com o Papa ele nos disse: “É isso que eu quero’. Creio que o documento favorecerá muito a integração correta, objetiva. Sempre haverá problemas, porque sempre do lado dos bispos e dos superiores há tradições, feridas, mas temos de ir sempre caminhando para o rumo certo.

Que mensagem o senhor deixa para a Vida Consagrada do Brasil?

Dom João - Teremos momentos ricos na Igreja, desde o início do Ano da Vida Consagrada até o final. É bom que façamos parte de toda essa programação, que participemos, entrando profundamente neste espírito. É importante pensarmos juntos na mesma direção, nesse grande amor à Igreja, porque somos nós, todos juntos, que vamos fazer a Igreja que Jesus quer. Deus abençoe vocês!


Fonte: CRB Nacional


O ano de 2015 será dedicado à Vida Consagrada.


O Papa Francisco anunciou que o ano de 2015 será dedicado à Vida Consagrada. O ‘ANO DA VIDA CONSAGRADA’ de acordo com o pontífice pretende ser um ano para valorizar o testemunho dos religiosos.


“Eles são homens e mulheres que podem despertar o mundo, a vida consagrada é profecia. Deus pede-nos para voar do ninho e sermos enviados para os confins do mundo. Esta é a maneira mais eficaz de imitar o Senhor”.

Junte-se a nós em oração!




O que o Papa espera do Ano da Vida Consagrada?


Em uma carta para o mundo religioso, Francisco indica metas e expectativas para este "ano de graça" que começará no dia 30 de novembro e irá até o 2 de fevereiro de 2016.

Roma, 28 de Novembro de 2014

Escreve como Sucessor de Pedro Papa Bergoglio a todos os religiosos e religiosas do mundo, por ocasião do Ano da Vida Consagrada que começará no próximo dia 30 de novembro, e terminará no dia 2 de fevereiro de 2016. Mas se dirige a eles também como “irmão”, “consagrado a Deus como vós”, na carta do 21 de novembro publicada hoje.

Uma carta longa e articulada, na qual o Papa dá algumas ideias e indicações para viver este Ano, por ocasião do 50º aniversário da Constituição dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja e do Decreto PerfectaeCaritatis. Nesse Francisco também indica os objetivos que tal iniciativa se propõe, os mesmos – escreve – já indicados por são João Paulo II à Igreja do terceiro milênio na Exortação pós-sinodal Vita Consacrata.

Objetivos

Para viver plenamente este Ano, afirma Bergoglio, é preciso olhar o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar com esperança o futuro.
O passado não para "fazer arqueologia ou cultivar a nostalgia inútil", mas porque lembrar do próprio começo “e uma forma de manter viva a identidade” e fortalecer a unidade da família. E é um modo também para descobrir “incoerências, fruto das debilidades humanas, às vezes também a obrigação de alguns aspectos essenciais do carisma”, conscientes, porém, que "tudo é instrutivo e junto se torna apelo à conversão”.

Observar o presente é útil para compreender se o Evangelho é verdadeiramente o vade-mécum para a vida e as escolhas de cada dia, explica o Santo Padre. Porque "não é suficiente para lê-lo (ainda que a leitura e o estudo são de extrema importância), não basta meditá-lo (e o fazemos com alegria a cada dia). Jesus nos pede para vive-lo, para viver as suas palavras”. Além do mais, continua o pontífice, “o Ano da vida consagrada nos questiona sobre a fidelidade à missão que nos foi confiada", para debater se os ministérios e obras realizadas até agora “respondem ao que o Espírito pediu aos nossos Fundadores” e “são adequadas para conseguir as finalidades na sociedade e na Igreja de hoje”. “Viver o presente com paixão – continua ainda Francisco – significa se tornar especialista de comunhão’”. E “em uma sociedade do conflito, da difícil convivência entre culturas diferentes, do esmagamento dos mais fracos, das desigualdades”, é fundamental mostrar “um modelo concreto de comunidade” que vive em “relações fraternas” segundo “a mística do encontro”.

Falando do futuro, o Papa enumera as dificuldades enfrentadas pela vida consagrada: a diminuição das vocações e o envelhecimento, os problemas econômicos dada as crises financeiras mundiais, a internacionalidade e a globalização, o relativismo, a marginalização, a 'irrelevância social... No entanto, diz, "nestas incertezas é realizada a nossa esperança". Uma esperança que "não se baseia em números ou em obras, mas naquele em quem depositamos nossa confiança e para quem "nada é impossível". Portanto, recomenda o Pontífice, "não ceder à tentação dos números e da eficiência, muito menos naquela de confiar nas próprias forças”. O chamado vai especialmente aos jovens que são o “presente”, porque oferecem “uma contribuição determinante com o frescor e a generosidade” das suas escolhas, e ao mesmo tempo o futuro “porque em breve – destaca o Papa – sereis chamados a tomar em vossas mãos a liderança da animação, da formação, do serviço e da missão".

Expectativas

Na segunda parte da carta, o bispo de Roma começa com uma pergunta: "O que eu espero, em particular, deste ano de graça da Vida consagrada?". Em primeiro lugar, escreve, "que seja sempre verdade que onde há religiosos haja alegria”. Isso significa que "somos chamados a mostrar que Deus é capaz de encher nossos corações e nos fazer felizes, sem necessidade de procurar em outro lugar a nossa felicidade". E que tal alegria se alimenta com "a autêntica fraternidade vivida em nossas comunidades” e com o “dom total no serviço da Igreja, das famílias, dos jovens, dos anciãos, dos pobres”.

"Que entre nós não haja rostos tristes, pessoas infelizes e insatisfeitas", recomenda Bergoglio. Claro - admite - "também nós, como todos os outros homens e mulheres, sentimos dificuldades, noites do espírito, decepções, doenças, perda das forças devido à idade avançada". Precisamente nesta ocasiões, porém, é necessário encontrar a "perfeita alegria", de modo que, "em uma sociedade que ostenta o culto da eficiência, do salutismo do sucesso, possa-se concretizar as palavras de São Paulo: “Quando sou fraco , então é que sou forte".

Não nos esqueçamos, porém, que “A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração", lembra Francisco, citando a Evangeliigaudium. Portanto, "a vida consagrada não cresce se organizamos belas campanhas vocacionais, mas se os jovens e as jovens que nos encontram se sentem atraídos por nós, se nos veem homens e mulheres felizes!”.

Com esta mesma alegria os consagrados são chamados a “acordar o mundo” e a serem “profetas”. Nesta perspectiva, mosteiros,  comunidades, centros de espiritualidade, cidades, escolas, hospitais, casas-família, tornaram-se mais e mais "o fermento para uma sociedade inspirada no Evangelho”.

Mais uma vez, então, um apelo à “comunhão” que se exercita principalmente dentro das respectivas comunidades do Instituto. Aqui – destaca com vigor o Pontífice – atitudes como críticas, fofocas, invejas, ciúmes, antagonismos "não têm o direito morar". Enquanto têm direito à residência a acolhida e atenção recíprocas, a comunhão dos bens materiais e espirituais, a correção fraterna e o respeito pelas pessoas mais fracas”.

Consolidada no próprio Instituto, esta comunhão em seguida, se abre ao exterior, tendo em conta principalmente a relação entre pessoas de diferentes culturas e daquela com os membros dos diferentes institutos. “Não poderia ser este Ano a ocasião para sair com maior coragem dos limites do próprio instituto para elaborar juntos, a nível local e global, projetos comuns de formação, de evangelização, de intervenções sociais?", sugere Francisco. Dessa forma se preservaria “da doença da auto-referencialidade”.

O convite, então, é aquele tipicamente 'bergogliano': "Sair de si mesmos para ir às periferias existenciais”. Porque “existe toda uma humanidade que espera”: pessoas “que perderam toda esperança, famílias em dificuldade, crianças abandonadas, jovens aos quais se impede todo futuro, enfermos e idosos abandonados, ricos saciados de bens e com um vazio no coração, homens e mulheres em busca do sentido da vida, sedentos do divino...”.

Ante tal desconforto generalizado não se pode deixar “asfixiar pelas pequenas encrencas de casa” ou pelos problemas pessoais. “Estes – assegura o Papa – se resolverão se saírem para ajudar os outros a resolverem os seus problemas e a anunciar a Boa Nova. Encontrareis a vida dando a vida, a esperança dando esperança, o amor amando”.

Tudo isso deve ser traduzido em ações concretas "de acolhimento de refugiados, de proximidade com os pobres, de criatividade, na catequese, no anúncio do Evangelho, na iniciação à vida de oração". E mesmo no “emagrecimento das estruturas” e na “reutilização das grandes casas em favor das obras mais adequadas às atuais exigências da evangelização e da caridade”.

Os horizontes do Ano da Vida Consagrada

Indo além dos limites dos Institutos de Vida Consagrada, o Papa, na terceira parte da carta, se dirige aos leigos que, com os consagrados “compartilham ideais, espírito, missão”. A eles o incentivo de vier este Ano “como uma graça que pode tornar-vos mais conscientes do dom recebido”, que deve ser celebrado com toda a “família”. “Em algumas ocasiões – escreve o Santo Padre – quando os consagrados de vários institutos se reunirem, tentem participar também vocês, como expressão do único dom de Deus”, de modo que “se enriqueçam e se apoiem reciprocamente”.

O Sucessor de Pedro, em seguida, fala a todo o povo cristão para que “tome sempre mais consciência do dom que é a presença de tantos consagrados e consagradas, herdeiros de grandes santos que fazem a história do cristianismo”: “O que seria da Igreja sem São Bento e São Basílio, sem Santo Agostinho e São Bernardo, sem São Francisco e Santo Domingos, sem Santo Inácio de Loyola e Santa Teresa D’Avila, sem Santa AngelaMerici e São Vicente de Paula? O elenco seria quase infinito, até São João Bosco, à beata Teresa de Calcutá”.

Este ano deve ser, portanto, uma oportunidade para expressar gratidão pelos "dons recebidos e ainda a receber" graças à santidade dos Fundadores, e para reunir-nos em torno das pessoas consagradas, “para alegrar-nos com elas, compartilhar as suas dificuldades, colaborar com elas”. “Mostrem-lhes o afeto e o calor de todo o povo cristão”, recomenda o Papa.

Destaca também a ligação entre família e vida consagrada, ambas “vocações portadoras de riqueza e graça para todos”, espaços de “humanização” e “evangelização”. Com humildade, se dirige aos membros de fraternidades e comunidades pertencentes à Igrejas de tradições diversas daquela católica, que incentiva calorosamente a participar das iniciativas propostas pela Congregação para os Institutos de vida consagrada para que “cresça o conhecimento mútuo, a estima, a colaboração recíproca, de modo que o ecumenismo da vida consagrada seja de ajuda ao amplo caminho rumo à unidade entre todas as Igrejas”.

Duas palavras, por fim, aos irmãos no episcopado: "Que este ano seja uma oportunidade de acolher cordialmente e com alegria a vida consagrada como um capital espiritual que contribua ao bem de todo o corpo de Cristo e não só das famílias religiosas”, escreve o Santo Padre.

Conclui, portanto, exortando os pastores das Igrejas particulares "a uma solicitude especial" na promoção dos diversos carismas, tanto aqueles históricos quanto os novos, “apoiando, animando, ajudando no discernimento, aproximando-os com ternura e amor às situações de sofrimento e de debilidade nas quais possam encontrar-se alguns consagrados”. Tudo para que “a beleza e a santidade” da vida consagrada possam resplandecer em toda a Igreja. 

Fonte: Zenit



O tempo do ADVENTO



Iniciamos um novo ano litúrgico. É o tempo do ADVENTO. A igreja é peregrina e espera a vinda do Salvador. Alonga seu olhar para o futuro, na esperança da vida gloriosa do Senhor. Alimenta assim suas energias para construir, sobre a pedra descartada que é Jesus, o Reino que ele inaugurou. 

O Advento ensina que Deus sempre vem e que é preciso saber vê-lo, reconhecê-lo e acolhê-lo em todas as pessoas e em todos os momentos e circunstâncias da vida. O Deus que vem a nós nos convida a ir ao encontro.