quarta-feira, 10 de julho de 2013

Lectio Divina (Leitura Orante) para os Jovens como preparação para JMJ RIO 2013.



A Lectio Divina é um método de oração muito praticado na Igreja desde os seus primórdios e, segundo D. García M. Colombás, “ler, escutar, reter, aprofundar, viver a Palavra de Deus contida na Escritura, mergulhar nela com fé e amor: nisso consiste essencialmente a Lectio Divina”. Esta proposta de leitura orante da Bíblia tocará todos os fiéis, testemunhas que são da presença de Deus no mundo.


LECTIO DIVINA RUMO À JMJ RIO2013 

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19)


Tema 1: O Mestre que te ama

1 – Acolhida–Canto

2 – Apresentação do tema

A beleza do nosso encontro aqui em torno da Palavra consiste em uma única palavra: amor. Deus ama cada um de nós de modo único e irrepetível. Jesus é o rosto do amor do Pai que se faz dom total e gratuito até à cruz. Ser discípulo do Mestre é colocar-se na escola de seu modo de amar, abrir nossos olhos para perceber os muitos gestos de amor que recebemos e que somos chamados a realizar.

3 – Canto: Ubi caritas

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:
– Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas,
sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.

5 – Evangelho segundo João (Jo 2,1-12)

6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto


Leitor 2
Realmente muito estranho este texto. Fala-se de um matrimônio em Caná da Galileia, mas estão totalmente ausentes os protagonistas naturais: os esposos. Somente no fim do relato se menciona a um diálogo entre o esposo e o mestre-sala. Por quê? As núpcias de Caná não narram um milagre, mas exprimem um sinal.
A diferença é substancial. O milagre é um acontecimento que altera o curso da natureza e costumeiramente é circunscrito no tempo e no espaço; o sinal, ao contrário, é um acontecimento que pretende atravessar o espaço e o tempo, e exige a inteligibilidade do leitor.

Leitor 3
Assemelha-se um pouco às placas de trânsito: são reconhecíveis por todos os que possuem a capacidade de decifrar-lhes os sinais. O sinal de Caná fala de Jesus, e é a Ele que se alude como ao Esposo. Aqui,
graças à Maria, Jesus começa seu ministério revelando algo de seu mistério divino. A resposta de Jesus à sua mãe (Que queres de mim, mulher?) não deve ser entendida como um gesto irreverente, mas como o sinal dado ao leitor, mediante o qual o diálogo já não é entre uma mãe e seu filho, mas em um nível superior, o da distância
que existe entre o Criador e sua criatura.

Leitor 4
Jesus é o Esposo, que veio trazer o vinho da alegria e da consolação. Doravante, e até o fim de seus dias, Jesus revelará um coração de esposo, colocando-se ao lado dos pequenos e dos pobres. Quando chegar a sua hora, a hora mais trágica de sua vida (Jo 19,25-27), sobre a cruz, o Esposo demonstrará a medida do amor do Deus apaixonado pelos homens e pelas mulheres de todos os tempos: um amor desmensurado, total, gratuito, sem reserva, sem fim. E Maria, mãe e discípula de seu Filho aqui, em Caná, e junto à cruz, não cessa de escutar e de seguir o Mestre.

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto : Ubi caritas

10 – (Re)escuta da Palavra

Leitor 1

– Evangelho segundo João (Jo 2,1-12)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Faça um círculo com as pessoas presentes.
Colocar no meio do círculo uma jarra de água e alguns copos (que sejam suficientes para todos). O guia explica o simbolismo: o jarro de água representa os frascos de Caná; os copos o coração de cada pessoa presente.Cada um recebe o copo vazio. A idéia é encher o copo com água durante a partilha, quando todos respondem às perguntas.

Algumas perguntas para nós:

1. As ações de Jesus foram marcadas pelo amor. Sei dar o primado ao amor em cada ação e escolha, segundo o estilo de Jesus?
2. A comunidade cristã a que pertenço aproxima-se das pessoas, como Jesus? Que contribuição posso oferecer para fazer crescer este testemunho?

12 – Salmo 8

Ó Senhor, nosso Deus,
como é glorioso vosso nome em toda a terra!


Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus.
Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos.

Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes:
Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?

Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra coroastes.
Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo.

Rebanhos e gados, e até os animais bravios,
pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano.

Ó Senhor, nosso Deus,
como é glorioso vosso nome em toda a terra!


13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Doar roupas que não são usadas ou comprar roupas novas para fazer um gesto de caridade e, possivelmente, prepará-los para a próxima reunião, de acordo com os procedimentos acordados com o grupo. O importante é que cada um ofereça um gesto concreto de amor para com os necessitados. (Pode-se entregar a qualquer associação, para o seu grupo ou para pessoas carentes que se conhecem diretamente).

14- Canto final e abraço da paz.




Tema 2: O Mestre que te chama

1 – Acolhida–Canto

2 – Apresentação do tema

No caminho da vida, todos procuramos autenticidade e verdade. Jesus, o mestre, entra no coração na busca de tantos jovens e convida cada um a derrubar as barreiras que bloqueiam o crescimento humano e espiritual, propondo uma relação forte e envolvente com ele. Nada nos pode perturbar porque a presença de Deus dá a vida.

3 – Canto: Nada te turbe

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:

Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.

Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres e ofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.

5 – Evangelho segundo João (Jo 1,35-51)


6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto

Leitor 2

– Tantas vezes os encontros mais importantes e significativos de nossa vida acontecem inesperada - mente ou são fruto de uma série de coincidências aparentemente casuais. Em certo sentido, pode-se dizer o mesmo também em relação aos primeiros discípulos. O relato da vocação dos primeiros apóstolos na narrativa do evangelista João desenrola-se em dois dias (vv. 35.43) e se apresenta de maneira diferente em comparação com os primeiros três evangelhos.
Os dois primeiros discípulos pretendiam seguir João Batista e veem-se orientados para Jesus.

Leitor 3

– João Batista não retém para si os discípulos, mas coerentemente consigo mesmo, concretiza aqui quanto expressará mais adiante: “É necessário que Ele cresc e eu diminua” (Jo 3,30). João é uma voz, o amigo do Esposo que tem a força de acompanhar os discípulos rumo ao único e verdadeiro Mestre. Certamente, também o Batista deverá percorrer um caminho de conversão, porque sua ideia de Messias
é completamente diferente do modo como Jesus se apresenta (cf. Lc 7,18-28). João acompanha com o olhar Jesus “que passava” (v. 36), como a querer evocar o mistério de sua pessoa e de seu dinamismo espiritual.

Leitor 4

– A partir deste olhar, nascem as primeiras palavras de Jesus dirigidas aos discípulos: “Que estais procurando?” Jesus não busca fama ou números para exibir... Apela às questões e às necessidades profundas que estão no coração de cada pessoa. Os discípulos vão, veem Jesus e ficam com Ele: este é o caminho de todo crente: colocar-se a caminho para permanecer em Cristo. João Batista fixa o olhar em Jesus, mas também Jesus fixa o olhar em Pedro (v. 42). Trata-se de um olhar penetrante, que seduz o mundo interior de Pedro. Jesus não dá respostas pré-fabricadas e seguras: “Vinde e vede” (v. 39). O primado é a partilha de vida e a relação com o Mestre. Seguir Jesus é uma aventura, um caminho jamais tranqüilizador, porque sempre coloca em jogo a capacidade de deixar-se envolver pela impre-
visível presença de Deus. E este encontro só pode ser contagioso!

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto: Nada te turbe

10 – (Re)escuta da Palavra

Leitor 1

– Evangelho segundo João (Jo 1,35-51)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)

Algumas perguntas para nós:

1.   João Batista foi, para os discípulos, um guia e educador capaz de favorecer o encontro com Jesus. Em minha vida, houve pessoas como João Batista?
2.   Jesus diz aos discípulos: “O que estais buscando?” O que realmente busco em Jesus e em sua Igreja? Quais são as perguntas mais profundas que meu coração busca?
3.   “Fixar o olhar”. Com que olhos leio minha vida pessoal e de fé? Há “olhos” que se voltam para mim com ternu ra e amor? E eu, com que olhos enxergo as pessoas ao meu lado?


12 – Salmo 83, 2-13
.
13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)

14- Canto final e abraço da paz


 
Tema 3: O Mestre que te liberta

1 – Acolhida–Canto

2 – Apresentação do tema

Ser discípulo do Mestre significa experimentar a alegria da liberdade interior. Cada um de nós é convidado a ter confiança, mesmo quando a dúvida, a amargura e as provas da vida nos levam a caminhar em uma direção diferente. Olhando os gestos e as palavras de Jesus, poderemos também nós cantar e louvar o Senhor por suas aravilhas.

3 – Canto: Cantai todos os povos louvai nosso Senhor

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:

Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.


5 – Evangelho segundo Marcos (Mc 5,21-43)

6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto

Leitor 2

– As protagonistas deste relato são duas mulheres: uma menina que está crescendo e abrindo-se a um futuro, e uma mulher madura, que tem sobre os ombros as cargas de uma existência sofrida e impossibilitada de exprimir publicamente sua fé, devido à doença que a torna religiosamente impura. Ambas estão ligadas por um número: doze. A menina tem doze anos e a mulher sofre a perda de sangue há doze anos.

Leitor 3

– Ambas estão mortas: a filha de Jairo, fisicamente; a mulher afetada
pela hemorragia, espiritualmente. Diante da adolescente, Jesus quebra toda convenção social e religiosa (ditadas pela lei sobre a pureza) e sua ação concentra-se toda naquela palavra: levanta-te! Deste modo, Jesus permite à menina desabrochar para a vida como mulher, como mãe plenamente integrada em seu mundo e em seus laços familiares. A mulher afetada pela hemorragia toca Jesus e perfaz, também ela, uma ação inaudita em relação ao Mestre, porque impura. Jesus deixa-se tocar e fica profundamente tocado pela fé robusta da mulher. O Mestre ergue o indigente do pó e não permite que as pessoas fiquem prostradas na poeira e na sombra da morte quer espiritual, quer física.

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto: Cantai todos os povos louvai nosso Senhor

10 – (Re)escuta da Palavra –

Leitor 1

– Evangelho segundo Marcos (Mc 5,21-43)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)

Faça um círculo com as pessoas presentes.
Na chegada, todos participantes terão suas mãos amarradas
Todo o encontro é realizado com as mãos amarradas.
O guia associará as mãos amarradas às fraquezas da leitura.
A ideia é desatar ou desamarrar (com a ajuda de alguém) durante a partilha, compartilhando cada um as suas impressões. O participante só pode ser solto ao compartilhar algo.Enquanto as pessoas compartilham a Palavra de Deus e se soltam, colocar no círculo os elásticos, laços ou barbantes e tentar construir juntos uma cruz.
No final, de mãos dadas, rezar juntos o “Pai Nosso”

Algumas perguntas para nós:

1.   Estou vivendo situações que me mantêm prisioneiro/a, impedindo-me de olhar para o futuro com esperança e confiança?

2.   “Levanta-te”! Houve momentos em que percebi as palavras libertadores e de cura que me soergueram? Sei reconhecer em mim, em meus amigos, em minha comunidade cristã a palavra de Jesus que me traz liberdade e cura, dizendo: “Levanta-te”?

12 – Cântico de Ana (ISm 2,1-10)

13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)

Recolha os laços e se comprometa a orar por uma pessoa do grupo que não é bem conhecida ou interessada, pensando que o laço pode ao mesmo tempo prender e unir. Ore para o bem da pessoa que você escolheu e para o grupo.

14- Canto final e abraço da paz.





Tema 4: O Mestre transfigurado

1 – Acolhida–Canto

2 – Apresentação do tema

Às vezes, as pessoas atravessam momentos de obscuridade, amargura, dúvida e desilusão. Também os discípulos que, há anos, haviam seguido o Mestre viram-se na mesma situação. Contudo, o mistério profundo do Mestre, Filho amado do Pai, transforma em luz todo ângulo escuro de nossa terra. A missão do discípulo é a mesma de Jesus: viver na luz, como filhos de Deus na adoração e no serviço aos irmãos.

3 – Canto: Adoramus te o Christe

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:

– Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.

Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito.  Amém.

5 – Evangelho segundo Marcos (Mc 9,2-13)

6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto

Leitor 2

– Do ponto de vista literário, o relato da transfiguração contém uma complexa rede de referências ao Antigo Testamento e à assim chamada apocalíptica, a que aqui podemos apenas acenar ligeiramente. O episódio da transfiguração não é um fato de crônica, mas uma releitura do sentido do caminho da cruz de Jesus, à luz da rica reflexão teológica proveniente da comunidade eclesial primitiva. A cena desenrola-se depois do primeiro anúncio da paixão e morte de Jesus (Mc 8,31-33), a que se segue o desconcerto de Pedro e dos
discípulos.

Leitor 3

– Existem alguns elementos que nos ajudam a compreender o
significado do relato: o monte alto, a cor branca, a presença de Moisés e de Elias, a voz. Na linguagem bíblica, o monte alto é lugar da revelação de Deus. A ação da transfiguração é passiva: Jesus não se transfigura, mas é transfigurado, e é nele que se revela o mistério da glória do Pai. A cor dominante é o branco que, na simbologia apocalíptica, evoca a presença de Deus, mistério de luz.
Portanto, a transfiguração revela-nos algo profundo do rosto misterioso de Deus, uma luz esplendente que a própria voz do Pai confirma no Filho predileto.

Leitor 4

– Moisés e Elias são dois profetas que testemunham o papel essencial
das Escrituras para conhecer Jesus. Mas não somente isto. Eles são dois profetas que padeceram perseguição e sofrimento, mas jamais foram abandonados por Deus. Eis, portanto, a mensagem para Jesus e para os discípulos: mesmo na obscuridade do sofrimento, Deus Pai não abandona nenhum de seus filhos, mas assiste os seus servos. Um mistério de luz que cada um de nós pode sentir e certamente já sentiu.

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto: Adoramus te o Christe

10 – (Re)escuta da Palavra

Leitor 1

– Evangelho segundo Marcos (Mc 9,2-13)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Faça o círculo com as pessoas presentes.
Coloque no centro do círculo uma cruz e uma vela grande e algumas caixas de fósforos. Cuidados devem ser tomados para que os fósforos sejam suficientes para todos.
No momento da partilha o guia dá a cada um dos participantes um palito de fósforo.
O palito de fósforo deve ser aceso no momento da partilha. A participação deve durar apenas o tempo em que o fósforo estiver aceso. É recomendável que na partilha se partilhe uma forte experiência de vida, de particular importância.
Você poderá então continuar a partilhar, contando suas experiências com mais detalhes ou respondendo às perguntas do subsídio.

Algumas perguntas para nós:

1. Nos tempos de obscuridade e de sofrimento, houve momentos de luz que me fizeram esperar? Sei identificá-
los e dar-lhes um nome?
2. “Foi transfigurado”. Quais lugares e situações você considera principalmente carentes de luz, de um monte
aonde subir, de uma voz a ser ouvida?

12 – Salmo 66

Leitor

Tenha Deus piedade de nós e nos abençoe, faça resplandecer sobre nós a luz da sua face,
para que se conheçam na terra os seus caminhos e em todas as nações a sua salvação.

Todos: Que os povos vos louvem, ó Deus, que todos os povos vos glorifiquem.

Leitor

Alegrem-se e exultem as nações, porquanto com eqüidade regeis os povos e dirigis as nações sobre a
terra.

Todos: Que os povos vos louvem, ó Deus, que todos os povos vos glorifiquem.

Leitor

A terra deu o seu fruto, abençoou-nos o Senhor, nosso Deus.

Todos: Sim, que Deus nos abençoe, e que o reverenciem até os confins da terra.


13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Programar com o grupo a participação em uma Celebração Eucarística.
Lembre-se que o próximo encontro deve ser feito junto com outro grupo que está fazendo o mesmo caminho  da Lectio Divina em preparação para a JMJ Rio2013.

14- Canto final e abraço da paz.





Tema 5: O Mestre em oração

1 – Acolhida – Canto

2 – Apresentação do tema

Para ser evangelizadores críveis, não adiantam muitas palavras ou ações espetaculares. Cada um deve doar
o que tem no coração, porque a boca fala da plenitude do coração. A oração era a respiração do Mestre,
feita cotidianamente e nos momentos mais importantes e difíceis de sua vida. Jesus buscava no silêncio e
na solidão a relação profunda com Deus, seu Pai, e a partir dali, ganhava força para tornar-se próximo de
todos, através de um testemunho coerente até à morte.

3 – Canto: Invocaçao doEspírito Santo

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:

Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas,
sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.

5 – Evangelho segundo Lucas (Lc 22, 31-46)

6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto

Leitor 2

– O texto aqui indicado faz parte da seção lucana que narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ele segue-se ao episódio da última ceia e da traição de Judas. O contexto é marcado pelo contraste entre dom e infidelidade, de que Jesus e Judas são os emblemas. Jesus assume uma atitude constante para seus momentos mais difíceis e importantes: a oração. Percorrendo as páginas do evangelho de Lucas, é fácil observar a quantidade de ocasiões nas quais se constata a insistência sobre a atitude de oração do Mestre.

Leitor 3

– Na paixão, Jesus ora por si mesmo no horto do Getsêmani, implorando a libertação do sofrimento ou a capacidade de enfrentar a dura prova que se está consumando nele. Trata-se de uma oração de luta que se funde no abandono confiante a Deus Pai. Sobre a cruz, as últimas palavras de Jesus são uma oração de entrega a Deus, da própria vida, e de si mesmo inteiramente: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23,46). Jesus, porém, não reza somente por si mesmo. Reza por seus amigos e discípulos. Nesta passagem, de
modo particular, vemos transparecer a oração de Jesus por Pedro: “Simão, Simão, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça” (v. 31).

Leitor 4

– A oração de Jesus é a imploração ao Pai para reforçar a fidelidade de Pedro e para que o coração de Pedro não seja dilacerado pela divisão (Satanás significa também ‘aquele que divide’). Para Simão Pedro, logo chegará o tempo das lágrimas amargas, e sua confiança desmoronará (22,66). No pátio da negação, o olhar de Jesus que repousa sobre ele (22,61) fará com que se recorde do amor inabalável e da oração continuada de seu Mestre, um amor que não se detém nem sequer diante das mais dolorosas traições. A oração encheu a vida de Jesus, tornando-o compassivo e pleno de amor pela vida, pelas pessoas, pela própria morte.

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto: Invocaçao doEspírito Santo


10 – (Re)escuta da Palavra –

Leitor 1
– Evangelho segundo Lucas (Lc 21,31-46)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Partilha espontânea, uma vez que provavelmente dois grupos estão juntos. Os guias são convidados a preparar com antecedência a reunião em conjunto, usando a sua criatividade.

Algumas perguntas para nós:

1. Que lugar ocupa a oração em minha vida pessoal?
2. Podemos afirmar que a oração modifica nosso olhar nas relações e nas situações em que vivemos?
3. Estou convencido de que Jesus reza ainda hoje por mim e por minha fé, a fim de que não haja em mim divisão
interior?

12–Salmo 61, 2-13

13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Coloque os nomes de todos em um envelope grande. Cada participante sorteia um nome Coloque os nomes de todos em um envelope grande. Cada participante sorteia um nome ao acaso. O convite é rezar pela pessoa que você teve a sorte de tirar o nome.

14. - Canto final e abraço da paz.





Tema 6: O Mestre que te acompanha

1 – Acolhida –Canto

2 – Apresentação do tema

São muitas as estradas que os homens e as mulheres percorrem, e frequentemente diferentes de como as imaginamos e esperamos. O Mestre é o Ressuscitado que caminha ao lado de tantos de nossos irmãos e irmãs os quais corremos o risco de julgar por suas escolhas. O Mestre faz-se companheiro de estrada na escuta atenta e amigável. Através do calor de sua Palavra, desfaz toda incerteza e aquece todo coração desnorteado.

3 – Canto: Mane nobiscum

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:

– Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.

5 – Evangelho segundo Lucas (Lc 24, 13-35)

6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto

Leitor 2

– O famoso relato dos discípulos de Emaús é a história de um distanciamento, que brotou de um tipo de desilusão e desencanto, cujo resultado é a diminuição da própria esperança: “Nós sperávamos que fosse Ele quem iria redimir Israel” (v. 21). Os discípulos vão-se embora da cidade santa, o lugar por excelência onde colocar toda alegria e esperança, a sede da presença de Deus. Ora, este lugar já não diz nada. A pedra tumular fechou para sempre toda esperança deles no Mestre, o Messias libertador.

Leitor 3

– Permanece neles apenas o anúncio desconcertante das mulheres que viram Jesus vivo; eles mesmos, porém, não o viram. Este relato não é a cena de uma aparição, mas de um reconhecimento. E nos conta como reconhecer ainda hoje o Mestre em nossa estrada. Jesus caminha com eles, põe-se ao lado dos dois viajantes, escuta-os com simpatia, repreende-os com doçura, mas sobretudo lhes aquece o coração com suas palavras. O reconhecimento acontece no gesto cotidiano do partir o pão, evocando uma partilha vivida, quem sabe, tantas vezes, junto ao Mestre.

Leitor 4

– E é neste momento que o Mestre desaparece. A presença faz-se ausência, e a ausência se reveste do sinal da Palavra e do Pão de vida. O retorno dos dois a Jerusalém assinala o início de uma vida cotidiana aquecida pela Palavra e nutrida pelo pão da partilha.

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto: Mane nobiscum

10 – (Re)escuta da Palavra –

Leitor 1 

– Evangelho segundo Lucas (Lc 24,23-35)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Partilha espontânea.

Algumas perguntas para nós:

1. “Eis que dois deles viajavam”. Houve ou ainda há motivos que te induziram a distanciar-te de tua “Jerusalém”?
Por que muitos jovens se afastam da prática eclesial, quase perdendo a confiança?
2. “E pôs-se a caminhar com eles”. Já encontraste pessoas que, como Jesus, fizeram-se companheiras em tua estrada, escutando-te, aquecendo-te o coração, infundindo-te confiança, ainda que com alguma repreensão?
3. “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram”. Foste também peregrino como Jesus, indo ao encontro de quem está a teu lado ou que encontraste pelo caminho?

12 – Salmo 120

13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Compartilhar a experiência do grupo com sua família e amigos.
Combinar um piquenique com todo o grupo - antes do próximo encontro.

14- Canto final e abraço da paz.



Tema 7: O Mestre que te envia

1 – Acolhida – Canto 

2 – Apresentação do tema

Na alegria da ressurreição desvela-se o evangelho da permanente presença de Deus em meio a nós. Ser enviados ao mundo significa levar a força da vida em cada realidade que encontramos quotidianamente. Hoje, somos os olhos, as mãos, a boca, a voz do Mestre ressuscitado e elevado ao céu. Nada devemos temer, porque até o fim dos tempos, o Espírito do Ressuscitado guia nossa história e a daqueles que a vida nos faz encontrar.

3 – Canto

4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra

Todos:
Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.

5 – Evangelho segundo Mateus (Mt 28, 1-20)

6–Silêncio (3’)

7–Breve comentário sobre o texto

Leitor 2
– Com o drama da Paixão e morte de Jesus, assistimos à desagregação da comunidade dos discípulos que o Mestre havia tentado constituir e instruir durante toda a sua existência terrena. Todos os discípulos fugiram, e cabe ao Ressuscitado pôr-se à procura dos seus. O Mestre de novo vivo recomeça do zero, recolhendo em unidade os seus discípulos, recompondo a comunidade até agora dilacerada. É realmente extraordinário este gesto do Ressuscitado!

Leitor 3
– Às mulheres, deseja a plenitude (shalom), e como nas manifestações de Deus no Antigo Testamento, convida-as a vencer o medo: “Não tenhais medo!”, porque este bloqueia as realizações, freia a missão, mina a confiança. E, a seguir, o Ressuscitado marca um encontro sobre o “monte”, na Galileia. Assim, a comunidade dos discípulos reencontra-se lá onde o evangelho do Emanuel, o Deus conosco, percorreu as estradas dos homens e das mulheres, frequentemente feridos pela vida. E ali realiza o último gesto antes de sua ascensão definitiva ao Pai: não retém nada para si, e até o seu poder, recebido do Pai, transmite-o à comunidade pascal.

Leitor 4
– Ora, o mandato aos discípulos é tornar-se como o Mestre, fazendo discípulos todos os povos, derrubando toda barreira cultural, social, étnica, a fim de fazer brilhar a luz imorredoura da misericórdia, do amor, da fidelidade, do dom total até o martírio. Em primeiro lugar, as mulheres, a seguir, os discípulos, todos realizam o mesmo gesto dos magos: a adoração. A dúvida permanece na vida dos discípulos (v. 16), e é parte imprescindível no caminho de fé de cada um de nós. O fim da presença física de Jesus marca o início do testemunho dos discípulos na certeza de que o Emanuel, o Deus conosco, não faltará no futuro que está florescendo. Disto somos testemunhas também nós, chamados a ser tanto discípulos quanto mestres.

8 – Silêncio (2’)

9 – Canto:

10 – (Re)escuta da Palavra

Leitor 1

– Evangelho segundo Mateus (Mt 28, 1-19)

11 – Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Prepare a sala com uma vela grande e um crucifixo.
Prepare uma pequena vela para cada um. Cada um partilha as graças recebidas nestes sete encontros em preparação à Jornada Mundial da Juventude Rio 2013: o que mais me impressionou nesses
encontros? A vela é acesa no momento da partilha.

Algumas perguntas para nós:

1. Adoração e dúvida. Em que medida convivem em nossa vida?
2. “Batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”
3. “Eis que estou convosco todos os dias”. Onde vemos hoje a presença do Emanuel, Deus conosco?

12 – Salmo 99

13 – Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Tirar à sorte dois ou três participantes. As pessoas sorteadas terão a tarefa de fazer uma missão e formar um novo grupo.

14- Canto final e abraço da paz