A Lectio Divina é um método de oração muito
praticado na Igreja desde os seus primórdios e, segundo D. García M. Colombás,
“ler, escutar, reter, aprofundar, viver a Palavra de Deus contida na Escritura,
mergulhar nela com fé e amor: nisso consiste essencialmente a Lectio Divina”.
Esta proposta de leitura orante da Bíblia tocará todos os fiéis, testemunhas
que são da presença de Deus no mundo.
“Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt
28,19)
Tema
1: O Mestre que te ama
1 –
Acolhida–Canto
2 –
Apresentação do tema
A beleza do nosso encontro aqui em torno da Palavra
consiste em uma única palavra: amor. Deus ama cada um de nós de modo único e
irrepetível. Jesus é o rosto do amor do Pai que se faz dom total e gratuito até
à cruz. Ser discípulo do Mestre é colocar-se na escola de seu modo de amar,
abrir nossos olhos para perceber os muitos gestos de amor que recebemos e que
somos chamados a realizar.
3 –
Canto: Ubi caritas
4 –
Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
– Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos
ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos
na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a
descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua condenação
e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes
como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na
Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas,
sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos
oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos
experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás
vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos
a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu
Espírito. Amém.
5 –
Evangelho segundo João (Jo 2,1-12)
7–Breve
comentário sobre o texto
Leitor
2
–
Realmente muito estranho este texto. Fala-se de um
matrimônio em Caná da Galileia, mas estão totalmente ausentes os protagonistas
naturais: os esposos. Somente no fim do relato se menciona a um diálogo entre o
esposo e o mestre-sala. Por quê? As núpcias de Caná não narram um milagre, mas
exprimem um sinal.
A diferença é substancial. O milagre é um
acontecimento que altera o curso da natureza e costumeiramente é circunscrito
no tempo e no espaço; o sinal, ao contrário, é um acontecimento que pretende
atravessar o espaço e o tempo, e exige a inteligibilidade do leitor.
Leitor
3
–
Assemelha-se um pouco às placas de trânsito: são
reconhecíveis por todos os que possuem a capacidade de decifrar-lhes os sinais.
O sinal de Caná fala de Jesus, e é a Ele que se alude como ao Esposo. Aqui,
graças à Maria, Jesus começa seu ministério
revelando algo de seu mistério divino. A resposta de Jesus à sua mãe (Que
queres de mim, mulher?) não deve ser entendida como um gesto irreverente, mas
como o sinal dado ao leitor, mediante o qual o diálogo já não é entre uma mãe e
seu filho, mas em um nível superior, o da distância
que existe entre o Criador e sua criatura.
Leitor
4
–
Jesus é o Esposo, que veio trazer o vinho da
alegria e da consolação. Doravante, e até o fim de seus dias, Jesus revelará um
coração de esposo, colocando-se ao lado dos pequenos e dos pobres. Quando
chegar a sua hora, a hora mais trágica de sua vida (Jo 19,25-27), sobre a cruz,
o Esposo demonstrará a medida do amor do Deus apaixonado pelos homens e pelas
mulheres de todos os tempos: um amor desmensurado, total, gratuito, sem
reserva, sem fim. E Maria, mãe e discípula de seu Filho aqui, em Caná, e junto
à cruz, não cessa de escutar e de seguir o Mestre.
8 –
Silêncio (2’)
9 –
Canto : Ubi caritas
10 –
(Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
–
Evangelho segundo João (Jo 2,1-12)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Faça um círculo com as pessoas presentes.
Colocar no meio do círculo uma jarra de água e
alguns copos (que sejam suficientes para todos). O guia explica o simbolismo: o
jarro de água representa os frascos de Caná; os copos o coração de cada pessoa
presente.Cada um recebe o copo vazio. A idéia é encher o copo com água durante
a partilha, quando todos respondem às perguntas.
Algumas
perguntas para nós:
1. As ações de Jesus foram marcadas pelo amor. Sei
dar o primado ao amor em cada ação e escolha, segundo o estilo de Jesus?
2. A comunidade cristã a que pertenço aproxima-se
das pessoas, como Jesus? Que contribuição posso oferecer para fazer crescer
este testemunho?
12 –
Salmo 8
Ó
Senhor, nosso Deus,
como é
glorioso vosso nome em toda a terra!
Vossa majestade se estende, triunfante, por
cima de todos os céus.
Da boca das crianças e dos pequeninos sai um
louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos.
Quando contemplo o firmamento, obra de vossos
dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes:
Que é o homem, digo-me então, para pensardes
nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?
Entretanto, vós o fizestes quase igual aos
anjos, de glória e honra coroastes.
Destes-lhe poder sobre as obras de vossas
mãos, vós lhe submetestes todo o universo.
Rebanhos e gados, e até os animais bravios,
pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que
se move nas águas do oceano.
Ó
Senhor, nosso Deus,
como é
glorioso vosso nome em toda a terra!
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Doar roupas que não são usadas ou comprar roupas
novas para fazer um gesto de caridade e, possivelmente, prepará-los para a
próxima reunião, de acordo com os procedimentos acordados com o grupo. O
importante é que cada um ofereça um gesto concreto de amor para com os
necessitados. (Pode-se entregar a qualquer associação, para o seu grupo ou para
pessoas carentes que se conhecem diretamente).
14-
Canto final e abraço da paz.
Tema
2: O Mestre que te chama
1 –
Acolhida–Canto
2 –
Apresentação do tema
No caminho da vida, todos procuramos autenticidade
e verdade. Jesus, o mestre, entra no coração na busca de tantos jovens e
convida cada um a derrubar as barreiras que bloqueiam o crescimento humano e
espiritual, propondo uma relação forte e envolvente com ele. Nada nos pode
perturbar porque a presença de Deus dá a vida.
3 –
Canto: Nada te turbe
4 –
Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos
ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos
na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a
descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua
condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança,
surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na
Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres
e ofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois
discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e
testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de
fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria,
que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.
5 –
Evangelho segundo João (Jo 1,35-51)
6–Silêncio (3’)
7–Breve
comentário sobre o texto
Leitor
2
– Tantas vezes os encontros mais importantes e
significativos de nossa vida acontecem inesperada - mente ou são fruto de uma
série de coincidências aparentemente casuais. Em certo sentido, pode-se dizer o
mesmo também em relação aos primeiros discípulos. O relato da vocação dos
primeiros apóstolos na narrativa do evangelista João desenrola-se em dois dias
(vv. 35.43) e se apresenta de maneira diferente em comparação com os primeiros
três evangelhos.
Os dois primeiros discípulos pretendiam seguir João
Batista e veem-se orientados para Jesus.
Leitor
3
– João Batista não retém para si os discípulos, mas
coerentemente consigo mesmo, concretiza aqui quanto expressará mais adiante: “É
necessário que Ele cresc e eu diminua” (Jo 3,30). João é uma voz, o amigo do
Esposo que tem a força de acompanhar os discípulos rumo ao único e verdadeiro
Mestre. Certamente, também o Batista deverá percorrer um caminho de conversão,
porque sua ideia de Messias
é completamente diferente do modo como Jesus se apresenta
(cf. Lc 7,18-28). João acompanha com o olhar Jesus “que passava” (v. 36), como
a querer evocar o mistério de sua pessoa e de seu dinamismo espiritual.
Leitor
4
– A partir deste olhar, nascem as primeiras
palavras de Jesus dirigidas aos discípulos: “Que estais procurando?” Jesus não
busca fama ou números para exibir... Apela às questões e às necessidades
profundas que estão no coração de cada pessoa. Os discípulos vão,
veem Jesus e ficam com Ele: este é o caminho de todo crente: colocar-se a caminho
para permanecer em Cristo. João Batista fixa o olhar em Jesus, mas também Jesus
fixa o olhar em Pedro (v. 42). Trata-se de um olhar penetrante, que seduz o
mundo interior de Pedro. Jesus não dá respostas pré-fabricadas e seguras:
“Vinde e vede” (v. 39). O primado é a partilha de vida e a relação com o
Mestre. Seguir Jesus é uma aventura, um caminho jamais tranqüilizador, porque
sempre coloca em jogo a capacidade de deixar-se envolver pela impre-
visível presença de Deus. E este encontro só pode
ser contagioso!
8 –
Silêncio (2’)
9 –
Canto: Nada te turbe
10 –
(Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
–
Evangelho segundo João (Jo 1,35-51)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Algumas
perguntas para nós:
1. João
Batista foi, para os discípulos, um guia e educador capaz de favorecer o
encontro com Jesus. Em minha vida, houve pessoas como João Batista?
2.
Jesus diz aos discípulos: “O que estais buscando?”
O que realmente busco em Jesus e em sua Igreja? Quais são as perguntas mais
profundas que meu coração busca?
3.
“Fixar o olhar”. Com que olhos leio minha vida
pessoal e de fé? Há “olhos” que se voltam para mim com ternu ra e amor? E eu,
com que olhos enxergo as pessoas ao meu lado?
12 –
Salmo 83, 2-13
.
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
14-
Canto final e abraço da paz
Tema
3: O Mestre que te liberta
1 –
Acolhida–Canto
2 –
Apresentação do tema
Ser discípulo do Mestre significa experimentar a
alegria da liberdade interior. Cada um de nós é convidado a ter confiança,
mesmo quando a dúvida, a amargura e as provas da vida nos levam a caminhar em
uma direção diferente. Olhando os gestos e as palavras de Jesus, poderemos
também nós cantar e louvar o Senhor por suas aravilhas.
3 –
Canto: Cantai todos os povos louvai nosso Senhor
4 –
Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos
ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos
na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a
descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua
condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança,
surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na
Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres
e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois
discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e
testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de
fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria,
que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.
5 –
Evangelho segundo Marcos (Mc 5,21-43)
6–Silêncio (3’)
7–Breve
comentário sobre o texto
Leitor
2
– As protagonistas deste relato são duas mulheres:
uma menina que está crescendo e abrindo-se a um futuro, e uma mulher madura,
que tem sobre os ombros as cargas de uma existência sofrida e impossibilitada
de exprimir publicamente sua fé, devido à doença que a torna religiosamente
impura. Ambas estão ligadas por um número: doze. A menina tem doze anos e a
mulher sofre a perda de sangue há doze anos.
Leitor
3
– Ambas estão mortas: a filha de Jairo,
fisicamente; a mulher afetada
pela hemorragia, espiritualmente. Diante da
adolescente, Jesus quebra toda convenção social e religiosa (ditadas pela lei
sobre a pureza) e sua ação concentra-se toda naquela palavra: levanta-te! Deste
modo, Jesus permite à menina desabrochar para a vida como mulher, como mãe
plenamente integrada em seu mundo e em seus laços familiares. A mulher afetada
pela hemorragia toca Jesus e perfaz, também ela, uma ação inaudita em relação
ao Mestre, porque impura. Jesus deixa-se tocar e fica profundamente tocado pela
fé robusta da mulher. O Mestre ergue o indigente do pó e não permite que as
pessoas fiquem prostradas na poeira e na sombra da morte quer espiritual, quer
física.
8 –
Silêncio (2’)
9 –
Canto: Cantai todos os povos louvai nosso Senhor
10 –
(Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
–
Evangelho segundo Marcos (Mc 5,21-43)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Faça um círculo com as pessoas presentes.
Na chegada, todos participantes terão suas mãos
amarradas
Todo o encontro é realizado com as mãos amarradas.
O guia associará as mãos amarradas às fraquezas da
leitura.
A ideia é desatar ou desamarrar (com a ajuda de
alguém) durante a partilha, compartilhando cada um as suas impressões. O
participante só pode ser solto ao compartilhar algo.Enquanto as pessoas
compartilham a Palavra de Deus e se soltam, colocar no círculo os elásticos,
laços ou barbantes e tentar construir juntos uma cruz.
No final, de mãos dadas, rezar juntos o “Pai Nosso”
Algumas
perguntas para nós:
1. Estou
vivendo situações que me mantêm prisioneiro/a, impedindo-me de olhar para o
futuro com esperança e confiança?
2. “Levanta-te”!
Houve momentos em que percebi as palavras libertadores e de cura que me
soergueram? Sei reconhecer em mim, em meus amigos, em minha comunidade cristã a
palavra de Jesus que me traz liberdade e cura, dizendo: “Levanta-te”?
12 –
Cântico de Ana (ISm 2,1-10)
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Recolha os laços e se comprometa a orar por uma
pessoa do grupo que não é bem conhecida ou interessada, pensando que o laço
pode ao mesmo tempo prender e unir. Ore para o bem da pessoa que você escolheu
e para o grupo.
14-
Canto final e abraço da paz.
Tema
4: O Mestre transfigurado
1 –
Acolhida–Canto
2 –
Apresentação do tema
Às vezes, as pessoas atravessam momentos de
obscuridade, amargura, dúvida e desilusão. Também os discípulos que, há anos,
haviam seguido o Mestre viram-se na mesma situação. Contudo, o mistério
profundo do Mestre, Filho amado do Pai, transforma em luz todo ângulo escuro de
nossa terra. A missão do discípulo é a mesma de Jesus: viver na luz, como
filhos de Deus na adoração e no serviço aos irmãos.
3 –
Canto: Adoramus te o Christe
4 –
Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
– Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos
ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos
na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a
descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua
condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança,
surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na
Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres
e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois
discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e
testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de
fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria,
que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.
5 –
Evangelho segundo Marcos (Mc 9,2-13)
6–Silêncio (3’)
7–Breve
comentário sobre o texto
Leitor
2
– Do ponto de vista literário, o relato da
transfiguração contém uma complexa rede de referências ao Antigo Testamento e à
assim chamada apocalíptica, a que aqui podemos apenas acenar ligeiramente. O
episódio da transfiguração não é um fato de crônica, mas uma releitura do
sentido do caminho da cruz de Jesus, à luz da rica reflexão teológica
proveniente da comunidade eclesial primitiva. A cena desenrola-se depois do
primeiro anúncio da paixão e morte de Jesus (Mc 8,31-33), a que se segue o
desconcerto de Pedro e dos
discípulos.
Leitor
3
– Existem alguns elementos que nos ajudam a
compreender o
significado do relato: o monte alto, a cor branca,
a presença de Moisés e de Elias, a voz. Na linguagem bíblica, o monte alto é
lugar da revelação de Deus. A ação da transfiguração é passiva: Jesus não se
transfigura, mas é transfigurado, e é nele que se revela o mistério da glória
do Pai. A cor dominante é o branco que, na simbologia apocalíptica, evoca a
presença de Deus, mistério de luz.
Portanto, a transfiguração revela-nos algo profundo
do rosto misterioso de Deus, uma luz esplendente que a própria voz do Pai
confirma no Filho predileto.
Leitor
4
– Moisés e Elias são dois profetas que testemunham
o papel essencial
das Escrituras para conhecer Jesus. Mas não somente
isto. Eles são dois profetas que padeceram perseguição e sofrimento, mas jamais
foram abandonados por Deus. Eis, portanto, a mensagem para Jesus e para os
discípulos: mesmo na obscuridade do sofrimento, Deus Pai não abandona nenhum de
seus filhos, mas assiste os seus servos. Um mistério de luz que cada um de nós
pode sentir e certamente já sentiu.
8 –
Silêncio (2’)
9 –
Canto: Adoramus te o Christe
10 – (Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
– Evangelho segundo Marcos (Mc 9,2-13)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Faça o círculo com as pessoas presentes.
Coloque no centro do círculo uma cruz e uma vela
grande e algumas caixas de fósforos. Cuidados devem ser tomados para que os
fósforos sejam suficientes para todos.
No momento da partilha o guia dá a cada um dos
participantes um palito de fósforo.
O palito de fósforo deve ser aceso no momento da
partilha. A participação deve durar apenas o tempo em que o fósforo estiver
aceso. É recomendável que na partilha se partilhe uma forte experiência de
vida, de particular importância.
Você poderá então continuar a partilhar, contando
suas experiências com mais detalhes ou respondendo às perguntas do subsídio.
Algumas
perguntas para nós:
1. Nos tempos de obscuridade e de sofrimento, houve
momentos de luz que me fizeram esperar? Sei identificá-
los e dar-lhes um nome?
2. “Foi transfigurado”. Quais lugares e situações
você considera principalmente carentes de luz, de um monte
aonde subir, de uma voz a ser ouvida?
12 –
Salmo 66
Leitor
Tenha Deus piedade de nós e nos abençoe, faça
resplandecer sobre nós a luz da sua face,
para que se conheçam na terra os seus caminhos e em
todas as nações a sua salvação.
Todos: Que
os povos vos louvem, ó Deus, que todos os povos vos glorifiquem.
Leitor
Alegrem-se e exultem as nações, porquanto com
eqüidade regeis os povos e dirigis as nações sobre a
terra.
Todos: Que
os povos vos louvem, ó Deus, que todos os povos vos glorifiquem.
Leitor
A terra deu o seu fruto, abençoou-nos o Senhor,
nosso Deus.
Todos: Sim,
que Deus nos abençoe, e que o reverenciem até os confins da terra.
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Programar com o grupo a participação em uma
Celebração Eucarística.
Lembre-se que o próximo encontro deve ser feito
junto com outro grupo que está fazendo o mesmo caminho da Lectio Divina em preparação para a JMJ
Rio2013.
14-
Canto final e abraço da paz.
Tema 5: O Mestre em oração
1 –
Acolhida – Canto
2 –
Apresentação do tema
Para ser evangelizadores críveis, não adiantam
muitas palavras ou ações espetaculares. Cada um deve doar
o que tem no coração, porque a boca fala da
plenitude do coração. A oração era a respiração do Mestre,
feita cotidianamente e nos momentos mais importantes
e difíceis de sua vida. Jesus buscava no silêncio e
na solidão a relação profunda com Deus, seu Pai, e
a partir dali, ganhava força para tornar-se próximo de
todos, através de um testemunho coerente até à
morte.
3 –
Canto: Invocaçao doEspírito Santo
4 –
Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos
ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos
na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a
descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua
condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança,
surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na
Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas,
sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra nos
oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús, possamos
experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que estás
vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto
pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu
Espírito. Amém.
5 –
Evangelho segundo Lucas (Lc 22, 31-46)
6–Silêncio (3’)
7–Breve
comentário sobre o texto
Leitor
2
– O texto aqui indicado faz parte da seção lucana
que narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ele segue-se ao episódio da
última ceia e da traição de Judas. O contexto é marcado pelo contraste entre
dom e infidelidade, de que Jesus e Judas são os emblemas. Jesus assume uma
atitude constante para seus momentos mais difíceis e importantes: a oração.
Percorrendo as páginas do evangelho de Lucas, é fácil observar a quantidade de
ocasiões nas quais se constata a insistência sobre a atitude de oração do
Mestre.
Leitor
3
– Na paixão, Jesus ora por si mesmo no horto do
Getsêmani, implorando a libertação do sofrimento ou a capacidade de enfrentar a
dura prova que se está consumando nele. Trata-se de uma oração de luta que se
funde no abandono confiante a Deus Pai. Sobre a cruz, as últimas palavras de
Jesus são uma oração de entrega a Deus, da própria vida, e de si mesmo
inteiramente: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23,46). Jesus,
porém, não reza somente por si mesmo. Reza por seus amigos e discípulos. Nesta
passagem, de
modo particular, vemos transparecer a oração de
Jesus por Pedro: “Simão, Simão, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça”
(v. 31).
Leitor
4
– A oração de Jesus é a imploração ao Pai para
reforçar a fidelidade de Pedro e para que o coração de Pedro não seja
dilacerado pela divisão (Satanás significa também ‘aquele que divide’). Para
Simão Pedro, logo chegará o tempo das lágrimas amargas, e sua confiança
desmoronará (22,66). No pátio da negação, o olhar de Jesus que repousa sobre
ele (22,61) fará com que se recorde do amor inabalável e da oração continuada
de seu Mestre, um amor que não se detém nem sequer diante das mais dolorosas
traições. A oração encheu a vida de Jesus, tornando-o compassivo e pleno de
amor pela vida, pelas pessoas, pela própria morte.
8 –
Silêncio (2’)
9 –
Canto: Invocaçao doEspírito Santo
10 –
(Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
– Evangelho segundo Lucas (Lc 21,31-46)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Partilha espontânea, uma vez que provavelmente dois
grupos estão juntos. Os guias são convidados a preparar com antecedência a
reunião em conjunto, usando a sua criatividade.
Algumas
perguntas para nós:
1. Que lugar ocupa a oração em minha vida pessoal?
2. Podemos afirmar que a oração modifica nosso
olhar nas relações e nas situações em que vivemos?
3. Estou convencido de que Jesus reza ainda hoje
por mim e por minha fé, a fim de que não haja em mim divisão
interior?
12–Salmo
61, 2-13
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Coloque os nomes de todos em um envelope grande.
Cada participante sorteia um nome Coloque os nomes de todos em um envelope
grande. Cada participante sorteia um nome ao acaso. O convite é rezar pela
pessoa que você teve a sorte de tirar o nome.
14. -
Canto final e abraço da paz.
Tema
6: O Mestre que te acompanha
1 –
Acolhida –Canto
2 –
Apresentação do tema
São muitas as estradas que os homens e as mulheres
percorrem, e frequentemente diferentes de como as imaginamos e esperamos. O
Mestre é o Ressuscitado que caminha ao lado de tantos de nossos irmãos e irmãs
os quais corremos o risco de julgar por suas escolhas. O Mestre faz-se
companheiro de estrada na escuta atenta e amigável. Através do calor de sua
Palavra, desfaz toda incerteza e aquece todo coração desnorteado.
3 –
Canto: Mane nobiscum
4 –
Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
– Senhor Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos
ajude a ler a Escritura com o mesmo olhar com que Tu a leste para os discípulos
na estrada de Emaús. Com a luz da Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a
descobrir a presença de Deus nos acontecimentos desconcertantes de tua
condenação e morte. Assim, a cruz que parecia ser o fim de toda esperança,
surgiu-lhes como fonte de vida e de ressurreição.
Cria em nós o silêncio para escutar Tua voz na
Criação e na Escritura, nos acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres
e sofredores. Tua palavra nos oriente a fim de que, também nós, como os dois
discípulos de Emaús, possamos experimentar a força de Tua ressurreição e
testemunhar, aos outros que estás vivo em nosso meio como fonte de
fraternidade, de justiça e de paz. Isto pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria,
que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu Espírito. Amém.
5 –
Evangelho segundo Lucas (Lc 24, 13-35)
6–Silêncio (3’)
7–Breve
comentário sobre o texto
Leitor
2
– O famoso relato dos discípulos de Emaús é a
história de um distanciamento, que brotou de um tipo de desilusão e desencanto,
cujo resultado é a diminuição da própria esperança: “Nós sperávamos que fosse
Ele quem iria redimir Israel” (v. 21). Os discípulos vão-se embora da cidade
santa, o lugar por excelência onde colocar toda alegria e esperança, a sede da
presença de Deus. Ora, este lugar já não diz nada. A pedra tumular fechou para
sempre toda esperança deles no Mestre, o Messias libertador.
Leitor
3
– Permanece neles apenas o anúncio desconcertante
das mulheres que viram Jesus vivo; eles mesmos, porém, não o viram. Este relato
não é a cena de uma aparição, mas de um reconhecimento. E nos conta como
reconhecer ainda hoje o Mestre em nossa estrada. Jesus caminha com eles, põe-se
ao lado dos dois viajantes, escuta-os com simpatia, repreende-os com doçura,
mas sobretudo lhes aquece o coração com suas palavras. O reconhecimento
acontece no gesto cotidiano do partir o pão, evocando uma partilha vivida, quem
sabe, tantas vezes, junto ao Mestre.
Leitor
4
– E é neste momento que o Mestre desaparece. A
presença faz-se ausência, e a ausência se reveste do sinal da Palavra e do Pão
de vida. O retorno dos dois a Jerusalém assinala o início de uma vida cotidiana
aquecida pela Palavra e nutrida pelo pão da partilha.
8 –
Silêncio (2’)
9 –
Canto: Mane nobiscum
10 –
(Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
– Evangelho segundo Lucas (Lc 24,23-35)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Partilha espontânea.
Algumas perguntas para nós:
1. “Eis que dois deles viajavam”. Houve ou ainda há
motivos que te induziram a distanciar-te de tua “Jerusalém”?
Por que muitos jovens se afastam da prática
eclesial, quase perdendo a confiança?
2. “E pôs-se a caminhar com eles”. Já encontraste
pessoas que, como Jesus, fizeram-se companheiras em tua estrada, escutando-te,
aquecendo-te o coração, infundindo-te confiança, ainda que com alguma repreensão?
3. “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram”.
Foste também peregrino como Jesus, indo ao encontro de quem está a teu lado ou
que encontraste pelo caminho?
12 –
Salmo 120
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Compartilhar a experiência do grupo com sua família
e amigos.
Combinar um piquenique com todo o grupo - antes do
próximo encontro.
14-
Canto final e abraço da paz.
Tema 7: O Mestre que te envia
1 – Acolhida
– Canto
2 – Apresentação do tema
Na
alegria da ressurreição desvela-se o evangelho da permanente presença de Deus
em meio a nós. Ser enviados ao mundo significa levar a força da vida em cada
realidade que encontramos quotidianamente. Hoje, somos os olhos, as mãos, a
boca, a voz do Mestre ressuscitado e elevado ao céu. Nada devemos temer, porque
até o fim dos tempos, o Espírito do Ressuscitado guia nossa história e a
daqueles que a vida nos faz encontrar.
3 – Canto
4 – Invocação do Espírito Santo para a escuta da Palavra
Todos:
Senhor
Jesus, envia teu Espírito para que Ele nos ajude a ler a Escritura com o mesmo
olhar com que Tu a leste para os discípulos na estrada de Emaús. Com a luz da
Palavra, escrita na Bíblia, Tu os ajudaste a descobrir a presença de Deus nos
acontecimentos desconcertantes de tua condenação e morte. Assim, a cruz que
parecia ser o fim de toda esperança, surgiu-lhes como fonte de vida e de
ressurreição.
Cria
em nós o silêncio para escutar Tua voz na Criação e na Escritura, nos
acontecimentos e nas pessoas, sobretudo nos pobres e sofredores. Tua palavra
nos oriente a fim de que, também nós, como os dois discípulos de Emaús,
possamos experimentar a força de Tua ressurreição e testemunhar, aos outros que
estás vivo em nosso meio como fonte de fraternidade, de justiça e de paz. Isto
pedimos a Ti, Jesus, filho de Maria, que nos revelaste o Pai e nos enviaste Teu
Espírito. Amém.
5 – Evangelho segundo Mateus (Mt 28, 1-20)
6–Silêncio
(3’)
7–Breve comentário sobre o texto
Leitor 2
–
Com o drama da Paixão e morte de Jesus, assistimos à desagregação da comunidade
dos discípulos que o Mestre havia tentado constituir e instruir durante toda a
sua existência terrena. Todos os discípulos fugiram, e cabe ao Ressuscitado
pôr-se à procura dos seus. O Mestre de novo vivo recomeça do zero, recolhendo
em unidade os seus discípulos, recompondo a comunidade até agora dilacerada. É
realmente extraordinário este gesto do Ressuscitado!
Leitor 3
–
Às mulheres, deseja a plenitude (shalom), e como nas manifestações de Deus no
Antigo Testamento, convida-as a vencer o medo: “Não tenhais medo!”, porque este
bloqueia as realizações, freia a missão, mina a confiança. E, a seguir, o
Ressuscitado marca um encontro sobre o “monte”, na Galileia. Assim, a
comunidade dos discípulos reencontra-se lá onde o evangelho do Emanuel, o Deus
conosco, percorreu as estradas dos homens e das mulheres, frequentemente
feridos pela vida. E ali realiza o último gesto antes de sua ascensão
definitiva ao Pai: não retém nada para si, e até o seu poder, recebido do Pai,
transmite-o à comunidade pascal.
Leitor 4
–
Ora, o mandato aos discípulos é tornar-se como o Mestre, fazendo discípulos
todos os povos, derrubando toda barreira cultural, social, étnica, a fim de
fazer brilhar a luz imorredoura da misericórdia, do amor, da fidelidade, do dom
total até o martírio. Em primeiro lugar, as mulheres, a seguir, os discípulos,
todos realizam o mesmo gesto dos magos: a adoração. A dúvida permanece na vida
dos discípulos (v. 16), e é parte imprescindível no caminho de fé de cada um de
nós. O fim da presença física de Jesus marca o início do testemunho dos
discípulos na certeza de que o Emanuel, o Deus conosco, não faltará no futuro
que está florescendo. Disto somos testemunhas também nós, chamados a ser tanto
discípulos quanto mestres.
8 – Silêncio
(2’)
9 –
Canto:
10 –
(Re)escuta da Palavra –
Leitor
1
– Evangelho segundo Mateus (Mt 28, 1-19)
11 –
Partilha (com perguntas e orações de intercessão)
Prepare a sala com uma vela grande e um crucifixo.
Prepare uma pequena vela para cada um. Cada um
partilha as graças recebidas nestes sete encontros em preparação à Jornada
Mundial da Juventude Rio 2013: o que mais me impressionou nesses
encontros? A vela é acesa no momento da partilha.
Algumas
perguntas para nós:
1. Adoração e dúvida. Em que medida convivem em
nossa vida?
2. “Batizando-as em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo”
3. “Eis que estou convosco todos os dias”. Onde
vemos hoje a presença do Emanuel, Deus conosco?
12 –
Salmo 99
13 –
Mandato (compromisso pessoal até o próximo encontro)
Tirar à sorte dois ou três participantes. As
pessoas sorteadas terão a tarefa de fazer uma missão e formar um novo grupo.
14-
Canto final e abraço da paz
Fonte: Fonte: www.rio2013.com.br